Esta semana a senadora Fátima Bezerra, do PT, se deixou fotografar segurando um cartaz onde consta uma frase contrária a maioridade penal. Esta fotografia foi publicada nas redes sociais em demasia, sempre dividindo opiniões. Poucos a favor e muitos contrários.
E quase sempre quem é contrário a maioridade penal é o mesmo indivíduo que pleiteia com todas as forças a pena de morte. Comemora cada assassinato. É um indivíduo capaz de entender que para cada um assassinato, são dois ou três assassinos treinados a mais.
Fixam todos no que morreu, como se morto desce algum problema. Dizem: “É envolvido”, numa tentativa de explicar, como se fosse possível explicar um assassinato. Esquecem que quem matou está livre, armado, treinado para matar, enfim, uma máquina assassina a solta.
Voltando a contrariedade de Fátima Bezerra a redução da maioridade penal. A senadora tem razão. Não é matando que se resolve. Nunca foi e nunca será. É com educação, é fortalecendo a família é com uma religião forte, que se começa a fortalecer a engrenagem da segurança.
É com polícia ostensiva (PM) bem treinada, humanizada e equipada, é com polícia judiciária igualmente equipada, treinada, humanizada e principalmente com suporte pericial, que se tem a segunda parte da engrenagem de segurança pública.
Observando que a segunda parte da engrenagem da segurança só tem que agir quando a primeira falha. Ou seja, falhamos hoje feio na formação de nossos filhos, no quesito família, religião e educação. Falhamos no quesito investigação dos crimes.
A PM sem um bom trabalho de Policia Civil só enxuga gelo.
Daí chegamos a terceira engrenagem da segurança: o sistema prisional. Está totalmente falido. Se transformou em verdadeiras faculdades do crime. Bandido entra no sistema bandido e sai uma fera, capaz de matar, beber o sangue da vítima e se lamber sem nenhum remorso.
O presídio que faria o cidadão se sentir justiçado, seria onde o preso trabalhasse para apreender uma profissão, pagar pelo crime cometido, pagar o sustento da família e ainda cobrir as despesas dele na prisão. Faria a vítima se sentir justiçada.
Do jeito que está, o cidadão vítima fica é revoltado, pois o cara que lhe roubou ou matou alguém querido, vai para cadeia, isto quando acontece, e fica lá dando um prejuízo mensal de R$ 3 mil ao estado. Sabe este mesmo cidadão vítima do bandido que o Estado gasta apenas 10% deste valor com o filho dele.
É revoltante mesmo!
Em outras palavras, não formamos bem nossos filhos e estamos pegando os bandidos jogando em calabouços, transformando-os em monstros e depois devolvendo a sociedade. E tem gente que não sabe a origem de tanta violência, de tanta barbaridade nas ruas do Brasil.
A saída é educar bem o cidadão, com políticas públicas fortalecendo a família, as religiões, a educação. A educação deve ser em escolas construídas em locais amplos e bem estruturadas para ensinar a ler de manhã e à tarde pratique esportes, atividades culturas e etc.
É tirando as crianças da frente do micro, da TV e das ruas, colocando-as em locais sadios, que podemos mudar esta triste realidade brasileira, no quesito violência.
Dentro deste contexto, podemos concluir que a contrariedade da senadora Fátima Bezerra a redução da maioridade penal, tem sentido. É correto. Porque havendo esta redução sem antes um investimento grandioso em infraestrutura, vamos apenas transformar o indivíduo menor num monstro, o que hoje acontece na fase adulta.
Neste sentido, Fátima Bezerra está dando contribuição gigante para a redução da violência no RN, por ser a responsável direto pela ampliação no número de Institutos Federais, que tínhamos dois e hoje são 21, sendo que vários outros estão em construção ou em obras.