O verão começa oficialmente neste sábado, dia 21 de dezembro. Com ele vem também as férias escolares. Neste período é comum as famílias viajarem para as cidades litorâneas, cujas praias tendem a ficar super movimentadas.
Devido a isto, é comum também nesta época do ano o aumento do número de acidentes envolvendo afogamentos, tanto de adultos como de crianças.
Visando alertar os veranistas, o Soldado Maykon Montenegro, do corpo de 3º Grupamento Militar do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte, com sede em Mossoró, deu algumas dicas importantes de prevenção e cuidados, principalmente, com relação às crianças nas praias, piscinas, rios e açudes.
“Nesse período nós já ficamos, de certa forma, preparados para ser acionados com mais frequência em razão do número de afogamentos. Todos nós sabemos que, quando as crianças entram em férias, neste período de recesso, elas vão brincar mais. E o meio aquático é sempre perigoso. Elas vão para as piscinas, vão para as praias, para os rios. Então, nós temos algumas dicas de segurança que vão tentar minimizar o trabalho preventivo”, disse.
O bombeiro elencou uma série de orientações que podem ser conferidas abaixo:
- A primeira delas: nunca deixe a criança sozinha na água. Não importa se ela sabe nadar, não importa se ela está com uma bóia, não confiem. Tenha sempre um adulto responsável olhando para a criança, tendo ela próxima. Não existe isso de “ah, nós vamos ficar aqui na barraca e eles vão para o mar”. Não! Se a criança está dentro da água, tem que ter um adulto perto.
- A outra dica que a gente sempre dá: não utilizar coletes com as bóias infláveis. Sempre dar preferência pelos coletes de espuma, aqueles que têm as travas na frente, que fecha, que ajusta para o tamanho da criança, porque aqueles infláveis, eles podem furar na tarracha do brinco, podem cortar na borda de uma piscina, eles furam com certa facilidade, então eles não representam segurança.
- Outra dica também: quem for para a água, adultos sobretudo, é evitar beber para não ficar com os reflexos reduzidos, não perder um pouco daquela concentração.
- Aquela dica que as crianças detestam: não pode ir para a água depois de comer. A mãe e o pai sempre dizem “olha, espera um pouquinho e não vá para a água”. Isso é real.
“Não orientem que as crianças, que os adultos também, entrem na água, vão nadar logo depois de fazer uma refeição, porque pode ter algum problema no processo digestivo mesmo. Acaba tendo um pouco de dificuldades. Vamos falar assim, a pessoa vai ter dificuldade para tentar nadar, o corpo vai estar trabalhando processos de digestão, então é um trabalho para digerir aquele alimento, outro esforço para estar nadando, então a recomendação é que espere um tempo, pelo menos meia hora, uma hora, esperar a refeição ir aos poucos baixando para a pessoa voltar para a água”, explicou o soldado Maykon.
- A gente sempre orienta também: tenham cuidado com os pulos na piscina, com os pulos no rio, porque às vezes a gente está olhando ali para aquela água e pensa “ah, eu vou pular, está distante, eu não vou bater no fundo”, mas às vezes a gente não tem noção de como nós vamos entrar na água, então pode acontecer da pessoa pular, bater a cabeça no chão, bater a cabeça no fundo da piscina, se for no rio, se for na praia, pode ter uma pedra, pode ter alguma coisa que a gente não está visualizando.
“Então nunca pular de cabeça, sempre entrar na água calmamente, botar os pés, ver a profundidade da água, ter uma noção se aquela água está muito turva, se ela está mais cristalina. Tudo que a gente for fazer para a nossa segurança neste período de férias tem que ser redobrado”, concluiu.