Li atentamente a entrevista da procuradora da República Thaméa Danelon, do Núcleo de Combate à Corrupção do Ministério Público de São Paulo e entendi perfeitamente porque gente como Vilma de Faria e Rosalba Ciarlini, assim como seus assessores, não estão presos até hoje. É fácil entender depois de ler o que diz Thaméa Danelon.
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Durante o governo Wilma de Faria, foram tantos escândalos, que não lembro precisamente. A Operação Hígia está entre eles. Este, especialmente este, me chama mais atenção pela gravidade, pela gravidade que é tirar milhões, dezenas de milhões da saúde do Rio Grande do Norte. Obviamente que não preciso dizer nada sobre o caos que vivemos naqueles tempos.
Vilma de Faria governou o RN de 2003 a 2010 e o mal que deixou no RN foi ter plantado a raiz da violência nas ruas e principalmente ter deixado a estrutura de saúde em estado deplorável, enquanto o filho dela, Lauro Maia, saqueava os recursos da saúde. Hoje, Lauro é condenado a 16 anos de prisão, mas está em casa, curtindo o dinheiro desviado.
Rosalba Ciarlini assumiu em 2011, contingenciou mais de 90% dos recursos da saúde por quase 2 anos, um ato deste por si só já criminoso suficiente para o autor ser punido com perpétua. Obviamente que os serviços de saúde entraram em colapso. Impossível se calcular quantos morreram. O fato é que a referida Rosalba decretou calamidade pública na saúde do RN.
E porque fez isto? Simples, para contratar a solução do caos que ela mesma causou sem licitação. Só na implantação do Hospital da Mulher, em Mossoró, foram pelo ralo pelo menos R$ 11 milhões. Ela responde em processos civis e criminais por este desvio milionário. O processo tramita na Justiça bem devagarinho, quase parando.
Para se ter uma ideia da velocidade, basta-se observar que os oficiais de Justiça passaram mais de um ano para localizar Rosalba Ciarlini para se defender no processo. Relatei este fato um tanto curioso nesta reportagem publicada no Portal MOSSORÓ HOJE.
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E não ficou só nisto. Assim como Vilma, Rosalba também demonstrou profundo desprezo pela segurança pública e fez esta maldade com maestria. Pegou o mal plantado por Vilma de Faria e botou adubo quando deixou voltar para os cofres federais os recursos para construir presídios no Rio Grande do Norte, exatamente o motivo da violência brutal que vivemos hoje.
Os outros setores também foram tratados com crueldade de 2003 a 2014. Para não dizer que nada funcionou, destacaria o trabalho do então secretário de Energia de 2007 a 2009, Jean Paul Prates, quando projetou e trouxe os parques eólicos para o litoral norte e sul do Estado. Agora ele trabalha, mesmo longe do governo, para trazer usinas de energia solar.
Rosalba, assim como Vilma de Faria, não estão na cadeia, segundo deixou claro a procuradora da república Thaméa Danelon, porque as leis de combate a corrupção as favorece. Aqui também destaco que realmente a Lava Jato é um ponto fora da curva. A regra é a impunidade que goza Vilma e Rosalba. Para elas, o crime de corrupção foi e é altamente compensatório, apesar dos estragos violentos que causam na vida das pessoas.
Se o sistema de combate a corrupção não for mudado no Brasil, gente como Rosalba, Vilma, Lauro Maia e tantos roubos vão continuar impunes, como estão. Daí destaco a fala de Thaméa Danelon mais uma vez, onde ela cita que o Congresso Brasileiro precisa aprovar e a presidência da república precisa sancionar o projeto às 10 Medicas contra a Corrupção, proposta pelo Ministério Público Federal com apoio de mais de 2 milhões de brasileiros. Com estas leis, os processos contra corruptos serão julgados logos e os ladrões dos cofres públicos vão ficar muitos anos na prisão e terão tudo que foi roubado confiscado pelo Governo.
Em tese, Vilma de Faria e Rosalba Ciarlini, assim como todos os seus auxiliares nos crimes que são acusadas diretas ou indiretamente não estão presas porque são inocentes e sim porque as leis brasileiras assim permitem. Permitem que fiquem entupindo os processos de “embargos” até os crimes prescreverem, como aconteceu com os sanguessugas de Mossoró.
Fica a dica:
“No final da segunda guerra mundial, um ministro luterano disse: “quando se voltaram contra os Judeus... Eu não era judeu e não fiz nada. Quando se voltaram contra os homossexuais... Eu não era homossexual e não fiz nada. Voltaram-se contra os ciganos e não fiz nada. Quando se voltarem contra mim... não havia ninguém para me defender”.