As discussões acerca da privatização da Petrobras tem desencadeado na estatal uma série de mal-entendidos entre funcionários. Segundo o coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte (SINDIPETRO), José Augusto, o ritmo acelerado das vendas de concessão dos campos terrestres do polo Macau, Riacho da Forquilha, Fazenda Belém e até mesmo de campos de outros Estados sem publicação de edital é prova de que o processo está sendo feito sem transparência.
“Quando a coisa é pública tem que se haver um edital antes de negociações particulares. Não é assim que está acontecendo, estão agindo por debaixo dos panos para agilizar as vendas”, afirma José Araújo.
De acordo com o coordenador, não há justificativas para as vendas. Segundo ele, em um campo de petróleo existem centenas de poços que rendem muito, superando o valor que está sendo cobrado pela Petrobras para venda. “Em um ano, todo esse polo do RN tem um faturamento de 164 milhões de dólares, o que estão pedindo por todo esse campo de produção é apenas 150 milhões de dólares. As contas não batem”, comenta ele.
Para José Araújo o que estão tentando fazer com o povo nordestino é um crime, tendo em vista que os campos explorados pela própria estatdal geram emprego e renda para a localidade, além dos projetos sociais que são realizados pela Petrobras e beneficia toda a sociedade.
Mossoró sofrerá diretamente os prejuízos da privatização
Conforme aponta o coordenador-geral do Sindipetro, além do alto índice de desemprego que se instalará na cidade, toda a economia local sentirá os efeitos, levando em consideração, o comércio, rede hoteleira, restaurantes entre outros setores.
José Augusto acrescenta que os campos ligados a Mossoró são ainda mais valorizados pela localização geográfica. “A nossa costa está próxima dos centros exportadores, isso barateia nossa produção, o que é positivo para empresa. No entanto, tantos benefícios não estão sendo levados em conta na hora das negociações finais”, conclui.