23 SET 2024 | ATUALIZADO 18:38
MOSSORÓ
Amanda Nunes
29/07/2016 11:48
Atualizado
14/12/2018 02:57

"Petrobras está agindo por debaixo dos panos", diz coordenador do Sindipetro

De acordo com o coordenador José Augusto, não há justificativas para as vendas de poços na região. "Em um campo de petróleo existem centenas de poços que rendem muito", afirma.
jornalfloripa.com

As discussões acerca da privatização da Petrobras tem desencadeado na estatal uma série de mal-entendidos entre funcionários. Segundo o coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte (SINDIPETRO), José Augusto, o ritmo acelerado das vendas de concessão dos campos terrestres do polo Macau, Riacho da Forquilha, Fazenda Belém e até mesmo de campos de outros Estados sem publicação de edital é prova de que o processo está sendo feito sem transparência.  

“Quando a coisa é pública tem que se haver um edital antes de negociações particulares. Não é assim que está acontecendo, estão agindo por debaixo dos panos para agilizar as vendas”, afirma José Araújo.

De acordo com o coordenador, não há justificativas para as vendas. Segundo ele, em um campo de petróleo existem centenas de poços que rendem muito, superando o valor que está sendo cobrado pela Petrobras para venda. “Em um ano, todo esse polo do RN tem um faturamento de 164 milhões de dólares, o que estão pedindo por todo esse campo de produção é apenas 150 milhões de dólares. As contas não batem”, comenta ele.

Para José Araújo o que estão tentando fazer com o povo nordestino é um crime, tendo em vista que os campos explorados pela própria estatdal geram emprego e renda para a localidade, além dos projetos sociais que são realizados pela Petrobras e beneficia toda a sociedade.

Mossoró sofrerá diretamente os prejuízos da privatização

Conforme aponta o coordenador-geral do Sindipetro, além do alto índice de desemprego que se instalará na cidade, toda a economia local sentirá os efeitos, levando em consideração, o comércio, rede hoteleira, restaurantes entre outros setores.

José Augusto acrescenta que os campos ligados a Mossoró são ainda mais valorizados pela localização geográfica. “A nossa costa está próxima dos centros exportadores, isso barateia nossa produção, o que é positivo para empresa. No entanto, tantos benefícios não estão sendo levados em conta na hora das negociações finais”, conclui.

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