23 SET 2024 | ATUALIZADO 09:59
MOSSORÓ
Da redação
12/08/2016 06:24
Atualizado
14/12/2018 04:42

Superlotação da UTI Neo preocupa direção do Hospital Maternidade Almeida Castro

A UTI já está com os sete leitos ocupados. Três bebês foram transferidos do Hospital da Mulher após paralisação dos pediatras. Na Almeida Castro, demais atendimentos às gestantes estão sendo feitos normalmente.
Com a paralisação dos pediatras no Hospital da Mulher Maria Parteira, o Hospital e Maternidade Almeida Castro está respondendo pelos partos de Mossoró e região. Para a diretora-geral da junta interventora da maternidade, Larizza Queiroz, a grande preocupação refere-se aos casos de bebês prematuros, que são de partos de alto risco, que é de responsabilidade do Governo do Estado e que estavam sendo feitos no Hospital da Mulher.

O Hospital Maternidade Almeida Castro sobrevive com recursos do Sistema Único de Saúde e parceria com a Prefeitura Municipal de Mossoró/RN. Entretanto, realiza os partos de baixo, médio e alto risco de toda a região Oeste do Rio Grande do Norte. Nos meses normais, faz de 450 a 500 partos, além de centenas de cirurgias, internamentos em UTI, cerca de 9 mil exames, entre outros procedimentos.

“Desde ontem, estamos recebendo os encaminhamentos do Hospital da Mulher. Temos sete leitos na UTI Neo, e já estamos com ela cheia. Em mais casos, teremos que transferir para Natal”, explica Larizza Queiroz, lembrando que a Maternidade Almeida Castro também faz partos de alto risco e que além da UTI Neo, tem seis leitos de UTI Intermediária e outros 18 de Canguru, através dos quais ajudam os bebês a ganhar o peso ideal.

Segundo a diretora, os demais atendimentos às gestantes, como partos (de médio e baixo risco), estão sendo feitos normalmente. “Temos uma estrutura muito boa e estamos conseguindo dar conta”, frisa Larizza Queiroz, explicando que os atendimentos dos partos nornais (baixo e médio risco) é feito respeitando rigorosamente a classificação médica de cada caso.

Mesmo com toda a estrutura da maternidade e a atenção dobrada dos servidores, a superlotação preocupa as equipes de trabalho. “Temos vivido uma sexta-feira bem intensa, e de muito movimento na maternidade, mas, temos nos desdobrado para oferecer o melhor atendimento”, diz Larizza Queiroz.

Ainda não há previsão de retorno dos médicos pediatras ao trabalho no Hospital da Mulher. Mas, de acordo com informações passadas pela Almeida Castro, a Secretaria de Saúde do Estado já está negociando os pagamentos para o retorno do serviço. Nesta quinta-feira, 11, uma equipe de profissionais da Defensoria Pública de Mossoró esteve no Hospital da Mulher procurando saber das razões da paralisação dos pediatras e as consequências.

Há poucas semanas, os médicos do Hospital da Mulher também pararam exigindo do governo pagamentos atrasados. Nesta ocasião, também provocaram as mesmas transferências de bebês da UTI do Hospital da Mulher para a UTI Neo do Hospital Maternidade Almeida Castro. Na ocasião, os médicos, que são cooperados, estavam reclamando repasses referentes aos meses de fevereiro, março, abril, maio e junho.

A secretária Eulália Alves liberou pagamento dos meses de fevereiro e março, deixando em aberto e já com os processos para serem pagos os meses de abril, maio, junho e julho. Entretanto, estes repases referentes as estes meses não foram feitos. Com este atraso, os pediatras que prestam serviços no Hospital a Mulher decidiram parar. Atualmente, o Hospital da Mulher estão fazendo só pequenos procedimentos.
 

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