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MOSSORÓ
Da redação
05/10/2016 18:04
Atualizado
14/12/2018 10:04

Enfermeiras protestam contra transferência de serviços do Hospital da Mulher para o Almeida Castro

Elizabete Câmara, Liane Amorim, Geyse Juliane, Ana Kalina, Elina Patrícia e Fernanda Letícia procuraram o MOSSORÓ HOJE para contestarem informações de que o Hospital da Mulher não dá resposta à sociedade
Bruno
As enfermeiras Elizabete Câmara, Liane Amorim, Geyse Juliane, Ana Kalina Suassuna, Elina Patrícia e Fernanda Letícia, procuraram o PORTAL MOSSORÓ HOJE para contestar as informações de que o Hospital da Mulher não dá resposta e que os servidores de lá não estão trabalhando. Segundo elas, isto não passa de fofoca.

Explicam que de janeiro ao mês de agosto de 2016 foram atendidas 2.052 mulheres. Lembram também que neste mesmo intervalo 108 bebês passaram pela UTI, 206 pela UTI intermediária e foram feitos 1.566 partos e 2.445 ultrassonografias. Neste mesmo intervalo de tempo, as enfermeiras admitem que ouve pelo menos cinco paralisações dos serviços.

Outra importância para Mossoró do Hospital da Mulher é que lá serve de escola para as faculdades de medicina e enfermagem. Reconhecem, no entanto, que estão parados, mais é por situação de desabastecimento gerada pelo Governo do Estado e não por conta dos servidores. “Estamos apenas aguardando estrutura para prestar o bom serviço a região”, destacam.

Acrescentam ainda que consolidando o fechamento do Hospital da Mulher, o Hospital Maternidade Almeida Castro não vai suportar a demanda de atendimento da região.
Entretanto, reconheceram que estão sem fazer partos há quase trinta dias e que todos estes partos estão sendo feitos no Hospital Maternidade Almeida Castro.

No HMAC, segundo a coordenadora da intervenção, Larizza Queiroz, quando o Hospital da Mulher suspendeu os atendimentos, houve dificuldades para atender a demanda, entretanto, depois de um contato com a Secretária Estadual de Saúde, os médicos que estavam parados por falta de material para trabalhar no Hospital da Mulher foram atender no HMAC.

Com o reforço, Larizza Queiroz disse que não houve mais problema quanto ao atendimento. “Todos estão sendo atendidos e muito bem”, destaca Larizza Queiroz. O depoimento dela foi confirmado pelas equipes de reportagem do TV Câmara, InterTV e também da TCM, que estiveram no Hospital Maternidade Almeida Castro tratando sobre o mesmo problema

As enfermeiras disseram que para evitar que o Hospital da Mulher feche e prejudique o trabalho de obstetrícia na região, procuraram a Ordem dos Advogados do Brasil e o presidente Canindé Maia ficou de ir conversar com o juiz federal Orlan Donato, que foi um dos magistrados da Audiência de Cooperação onde se decretou a transferência dos serviços e equipamentos do Hospital da Mulher para o Hospital Maternidade Almeida Castro.

Falaram também que procuraram a Defensoria Pública e que acreditam que vai ser ingressado uma ação na Justiça contra o Estado, para que, dessa forma, recursos sejam bloqueados para garantir o funcionamento do Hospital da Mulher em Mossoró.

O grupo de enfermeiras explicou também que não está fazendo o movimento por estarem com medo de irem trabalhar no Hospital Regional Tarcísio Maia, como tanto se cogita nas redes sociais. Destacam que trabalham sem problemas em qualquer unidade de saúde, entretanto, ressaltam que se capacitaram com recursos prórpios para trabalhar com obstetrícia e que hospital geral não é especialidade delas.

As enfermeiras lembram que o compromisso do Governo do Estado com Mossoró e região era transferir toda a estrutura do Hospital da Mulher para o Hospital Materno Infantil que está previsto de ser construído até 2018 na área da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, com recursos do Banco Mundial.

Para as enfermeiras, a atitude do Governo do Estado não é de otimizar os serviços de saúde para melhor e sim muito prejudicial. Fecham a questão explicando que se tem recursos para repassar para o Hospital Almeida Castro, tem para manter funcionando o Hospital da Mulher.
 

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