25 SET 2024 | ATUALIZADO 08:03
MOSSORÓ
Da redação
22/11/2016 15:01
Atualizado
13/12/2018 10:03

Frente Brasil Popular prepara ato público em Mossoró

Evento, denominado “Em defesa do Semiárido e por Nenhum Direito a Menos”, será realizado na quinta, 24, a partir das 15, saindo da Praça da Igreja do Alto de São Manoel
Cedida
Nesta quinta-feira (24), famílias agricultoras de toda a região semiárida e movimentos sociais do campo e da cidade vão fazer um ato público na Praça da Igreja do Alto de São Manoel, em Mossoró (RN), a partir das 15h.

“O ato uma forma de se contrapor ao Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 55 que tramita no Senado Federal e prevê o congelamento dos investimentos públicos em serviços essenciais aos brasileiros por 20 anos. O ato é também um protesto contra o desmonte de toda a estrutura governamental de fortalecimento da agricultura familiar em vigor no Brasil”, destacam os organizadores do evento.

De acordo com José Procópio de Lucena, da Coordenação Nacional da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), se aprovada, a PEC 55 vai significar menos alimento na mesa da população do campo e da cidade: “Serão 20 anos de menos justiça e mais desigualdade, concentração de renda e de terra nas mãos do sistema financeiro e do agronegócio. É uma verdadeira recolonização do Brasil. Por isso a nossa mensagem é a de união do campo e da cidade contra esse retrocesso".

Denominado “Em defesa do Semiárido e por Nenhum Direito a Menos”, o evento vai reunir cerca de mil pessoas mobilizadas pela ASA, Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Levante Popular da Juventude e outras entidades que fazem parte da Frente Brasil Popular.

Os manifestantes sairão em caminhada com destino à Praça do Pax, no centro da cidade. Carregando cartazes, faixas, estandartes, ao som de batucadas, a caminhada irá dialogar com a população por meio de falas, músicas e palavras de ordem, como Semiárido Vivo: Nenhum Direito a Menos.

Ao longo do trajeto, haverá duas paradas, uma da juventude e outras das mulheres. A caminhada se encerra na Praça do Pax onde haverá manifestações e falas públicas das entidades presentes. “É um ato da denúncia, pois pela primeira vez um país diz que quebrou porque tem programas sociais para os pobres, aposentadoria para o trabalhador e a trabalhadora rural, conquistas na educação, mais universidades. E olha que as elites não perderam nada, apenas reduziram o seu ritmo de acumulação”, completou Procópio.

O evento integra a programação do IX Encontro Nacional da Articulação Semiárido (EnconASA) que acontece no Hotel Villa Oeste, desde a última segunda-feira (21) e segue até a manhã desta sexta (25).

Com o tema “Povos e Territórios: Resistindo e Transformando o Semiárido”, o EnconASA reúne cerca de 400 agricultores e agricultoras familiares de todos os estados do Semiárido (de Minas Gerais ao Maranhão) e representantes de organizações da sociedade civil que atuam no campo. O evento defende a proposta da convivência com o Semiárido ameaçada pelo projeto político neoliberal que voltou a governar o Brasil.

Com informações da Assessoria
 
 

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