O prefeito de Mossoró, Francisco José Júnior (PSD), falou ao MOSSORÓ HOJE sobre a possibilidade das eleições serem gerais e realizadas em uma única data, assim como da economia pública com o atual sistema eleitoral brasileiro e o mandato de cinco anos.
Francisco José Júnior, que é presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (FEMURN) e 4º Vice-Presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), explicou a real posição dos prefeitos nesse pleito e suas principais reivindicações.
"Queremos que o atual mandato dos prefeitos sejam postergados até 2018. Trata-se de uma correção no que está sendo votado pelo Congresso na reforma política. Até agora, o que foi votado só beneficiou aos próprios deputados. Com o fim da reeleição, os mandatos passarão a ser de cinco anos, mas somente a partir das eleições de 2018. Para os prefeitos eleitos em 2016, o mandato ainda será de 4 anos", afirmou o prefeito mossoroense.
"E queremos também que haja a coincidência nas eleições. O Brasil gasta cerca de R$ 500 milhões a cada dois anos com as eleições. Então é uma questão de economicidade para o país. No primeiro turno da votação da reforma política, perdemos por 5 votos e esperamos que os deputados revejam seus posicionamentos e vejam o que realmente é melhor para o nosso país", explicou Francisco José Júnior.
"Estamos vivendo uma crise econômica muito grande. Os municípios são os principais atingidos e isso impacta diretamente na população, principalmente a mais carente. Defendemos que o país reduza seus gastos e esses recursos sejam investidos em mais saúde, mais educação e mais segurança para o povo brasileiro. É o que eu defendo como presidente da FEMURN e agora como vice-presidente da CNM, posso contribuir com minhas idéias para o desenvolvimento do país", finalizou Francisco José Júnior.
Prorrogação
Durante todo o dia desta quinta-feira (18), a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) tentou junto aos deputados federais, de forma bem discreta, a adesão pela prorrogação dos mandatos dos atuais prefeitos por mais dois anos. No instante em que os congressistas encerraram o primeiro turno da votação da reforma política, a entidade enviou mensagens para todos os deputados.
No texto, lê-se o seguinte: “Deputado(a), apoie os prefeitos aprovando a coincidência de mandatos e a prorrogação do mandato dos prefeitos até 2018.” Subscreve a mensagem Paulo Ziulkoski, presidente da CNM.
Pela fórmula proposta, as eleições de 2016, convocadas para preencher os cargos de prefeito e vereador, seriam postergadas para coincidir com o pleito de 2018, quando o eleitor irá às urnas para escolher o presidente da República, os governadores, os deputados federais e estaduais, além de parte dos senadores.