O piloto Jules Bianchi morreu na noite desta sexta-feira após nove meses internado. O francês de 25 anos estava em coma desde outubro do ano passado, depois de sofrer um grave acidente no Grande Prêmio do Japão, em Suzuka.
Bianchi estava internado no hospital em Nice, perto da casa de seus pais, no sul da França. É a primeira morte em uma corrida de Fórmula 1 desde a do tricampeão Ayrton Senna em Ímola, em maio de 1994 - um dia antes, o austríaco Roland Ratzenberger também morreu após um acidente no circuito italiano.
"É com profunda tristeza que os pais, irmão e irmão anunciam a morte de Júlio", diz a nota da família. "Ele lutou até o final, como sempre, mas a sua batalha terminou. É uma perda enorme e indescritível. Agradecemos a todos, médicos que cuidaram, amigos e familiares", completa.
Após a confirmação da morte, a Marussia prestou uma homenagem ao francês. "Estamos devastados por perder Jules após uma dura batalha", escreveu em sua conta no Twitter. "Foi um privilégio tê-lo em nossa equipe."
Bianchi bateu sua Marussia sob chuva e luz fraca, após sair da pista na volta 43 da prova, a uma velocidade de 203 km/h. O carro do francês se chocou com um guindaste, que retirava do local a Sauber de Adrian Sutil.
Na batida, a Marussia de Bianchi entrou embaixo do guindaste. Com o impacto, a estrutura do carro que protege a cabeça do piloto foi destruída e francês bateu a cabeça, sofrendo graves lesões.
Bianchi foi levado inconsciente ao centro médico do circuito e depois transferido para o Hospital Geral de Mie, a 17 quilômetros da pista Nas semanas seguintes ao acidente, o piloto iniciou um trabalho de fisioterapia. Na ocasião, ele continua inconsciente, respirando sem a ajuda de aparelhos.