O promotor de Justiça Paulo Carvalho Ribeiro disse que o Ministério Público Estadual não agiu de “má fé” e muito menos houve “falha de digitação” quando cita que a ex deputada estadual Larissa Rosado ganhava R$ 205.958,00 mil da Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância de Mossoró – APAMIM, no período de 2000 a 2003. "Nós só lidamos com dados oficiais", garante o promotor.
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A citação do Ministério Público Estadual está na página 19 do parecer da instituição que consta no processo movido em dezembro de 2010 pedindo a dissolução da APAMIM. O processo, que o PORTAL MOSSORO HOJE teve acesso, não corre em segredo de justiça.
O promotor de Justiça Paulo Carvalho explicou ainda que se houve um erro de “digitação” ou “má fé”, e/ou ainda por alguma outra razão esta foi feito pela então presidência da APAMIM no período de 2000 a 2003, que é quem compete informar ao CAGED os dados dos servidores. Nesta época, a APAMIM já era controlada pela família da ex deputada Larissa Rosado.
O caso da lista com 34 supersalários da APAMIM, a qual Larissa Rosado faz parte, deve ser investigado pelo Ministério Público Estadual, até como forma de esclarecer as razões destes salários, que vão de R$ 24 mil a R$ 384 mil. Os 34 somam, juntos, R$ 4,6milhões/mês, quando que a folha dos 300 servidores reais da APAMIM ganhavam menos de R$ 600 mil/mês.
O que deixou os servidores da então Casa de Dix Sept Rosado, hoje Hospital Maternidade Almeida Castro, indignados, é que todos os meses eles tinham que assinar “atas” e que estes documentos agora ficaram sabendo que foi usado para pegar empréstimos milionários nos bancos. "Eu achava que era para pagar COSERN, CAERN e o salário da agente”, diz Ewerton Nascimento, auxiliar de manutenção.
O documento do CAGED e a declaração do promotor de Justiça Paulo Carvalho Ribeiro não deixam dúvidas que a reportagem do MOSSORÓ HOJE acertou em tornar públicas as informações que estão no processo que corre na Vara da Fazenda Pública de Mossoró.
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