27 NOV 2024 | ATUALIZADO 12:42
POLÍCIA
Da redação
06/11/2018 14:56
Atualizado
14/12/2018 09:27

A narrativa que terminou com a morte do bebê Caleb, de 1 ano, e da menina Geane, de 12 anos

A sequencia de mortes começou com guerras de facções e terminou com a morte de inocentes dos dois lados; Neste domingo, Caleb foi morto com tiro na cabeça. Como retaliação, Geane foi raptada, assassinada e queimada
Ao que parece, terminou às 10h10 desta terça-feira, 6, mais um confronto, com mortes de inocentes, entre facções criminosas que tiveram origem nos presídios do Rio Grande do Norte. O campo de batalha foi o bairro Nova Vida (Malvinas), zona leste de Mossoró/RN.

Tudo teve início dentro de uma residência por volta das 22h do dia 10 de agosto passado. Jean de Melo Nogueira, de 17 anos, foi morto a tiros. Na ocasião, a jovem Erica Carolina Damasceno, de 21 anos, foi baleada nas pernas.

Meses antes, esta mesma jovem, a Érica Carolina, do bairro Nova Vida, já havia sido baleada por  ocasião do assassinato de Daniel Carlos da Silva, de 38 anos, no bairro Bom Jesus. O confronto de rua com mortes continuou. Após o assassinato de Jean Nogueira, mais ameaças se sucederam.

As desconfianças da família do jovem é que Francisco Irailson Bezerra da Silva, de 23 anos, que seria membro do Primeiro Comando da Capital, teria participado do assassinato de Jean Melo, que seria do Sindicato do RN. Diante destas “certezas” espalhadas pelo bairro, um novo confronto.

O ataque aconteceu no início da noite deste domingo, dia 4, na Praça do bairro Nova Vida, protagonizado por Geovane de Melo Nogueira, de 23 anos, Jefferson de Melo Nogueira, de 21 anos (irmãos), juntamente com menor de idade (do Sindicato do RN), em duas motos roubadas.

No ataque, o bebê Antony Caleb, de 1 ano e 6 meses, foi morto com um tiro na cabeça. A mãe dele, Débora Maria Bezerra de Sousa, de 20 anos, que estava com a criança no braço, foi baleada gravemente. Está internada no Hospital Regional Tarcísio Maia.



O marido dela, Francisco Iranilson Bezerra, de 23 anos, seria o alvo dos irmãos Geovane e Jefferson, que queriam vingar a morte do irmão Jean Melo, também foi baleado. Passou por cirurgia e estaria fora de risco. Após o ataque, os três saíram comemorando atirando para alto.

Ocorre que, como retaliação, pelo menos dez homens armados, inclusive com espingardas calibre 12, revolveres e pistolas, invadiram a casa da avô de Geovane e Jefferson e raptaram a adolescente Geane de Melo Nogueira, de 12 anos. A levaram espancando pela rua.

O pai da adolescente e dois assassinos de Antony Caleb, o operário Wellington Martins Nogueira, disse a filha dele, Geane Nogueira, era o alvo dos raptores. “Eles disseram que só queriam esta safada aí e levaram ela, batendo com a arma na cabeça dela”, diz.

Um corpo compatível com o de Geane Nogueira foi encontrado carbonizado por volta das 10h10 desta terça-feira, 6, dentro de um mato após o Bairro Nova Vida. O Sargento Junior, que encontrou os restos mortais, destacou que havia recebido informações do local.



Quanto aos dois assassinos Geovane e Jefferson Nogueira tentaram fugir de taxi de Mossoró, mas foram alcançados graças a investigação da Polícia Civil e a agilidade da Polícia Rodoviária Federal. Os dois foram presos já nas imediações de Lajes, na região Central do RN.

Com os dois suspeitos, a PRF apreendeu a arma usada no crime e quase dois quilos de maconha. A droga, segundo os investigadores da Polícia Civil, seria para os dois começar a “vida”, em Natal, ou em outra cidade do País. Terminaram autuados em flagrante.

Na Divisão de Homicídios e Proteção da Pessoa de Mossoró, os dois confessaram o crime para a delegada Liane Aragão e disseram quem e onde estava o menor que ajudou eles no ataque. Com o menor, estavam guardadas as duas motos usadas no ataque. Eram roubadas.


A prisão

Na manhã do dia seguinte ao ataque que mataram o bebê Antony Caleb, Geovane e Jefferson pegaram quase dois quilos de drogas, a arma usada no crime, algumas peças de roupas, entraram num taxi (Mossoró/Natal). Logo no primeiro posto da PRF, o primeiro susto.

A PRF parou o carro que estavam os dois assassinos, a droga e arma. Ambos ficaram assustados. Mas o problema não eram eles. Era que o veículo estava com documentação atrasada, daí foi apreendido pela PRF.

Assim, o taxista chamou um colega para transportar os passageiros.

No táxi viajava, além dos dois homicidas/assaltantes/traficantes, duas mulheres. Transferiram as bolsas, sendo que dentro de uma delas estava a droga e a arma do crime, e seguiram viagem. Só que, em Mossoró, os investigadores chegaram aos nomes dos suspeitos.

Descobriram também como iriam fugir. Identificaram o taxi e seguiram os passos. Descobriram no Posto da PRF que o veículo havia sido apreendido e que os passageiros haviam sido transferidos para outro veículo. Começou a perseguição policial.

Os policiais da Polícia Rodoviária Federal conseguiram alcançar o taxi com os assaltantes nas imediações de Lajes. Ao revistar as bolsas, identificou os dois e anunciaram a prisão. Em seguida, os dois foram levados, na mala, para a DHPP, de Mossoró.

Notas

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