19 SET 2024 | ATUALIZADO 22:22
MOSSORÓ
Da redação
11/08/2015 09:04
Atualizado
14/12/2018 04:06

Sindicato dos servidores prevê paralisação de atendimentos nas UPAs

Promessa foi feita na manhã desta terça-feira,11, pela presidente do Sindicato, Marleide Cunha, no acampamento montado em frente ao Palácio da Resistência, prejudicando a população

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) está prometendo radicalizar o movimento paredista, impedindo que a população seja atendida nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) a partir da próxima quinta-feira, 13.

A promessa foi feita na manhã desta terça-feira,11, pela presidente do Sindicato, Marleide Cunha, no acampamento montado em frente ao Palácio da Resistência.

“Vamos procurar outras formas de chamar atenção. O caldo vai entornar sim senhor. Vamos utilizar o que caminho que temos. Vamos fazer isso (paralisar o atendimento nas UPAs) na quinta, e caso não resolva a coisa vai piorar. O prefeito é para se preocupar mesmo”, ameaçou a presidente do Sindiserpum.

As ameaças de Marleide Cunha preocupam a população, que diante do quadro grevista nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), tem procurado e encontrado atendimento de qualidade nas UPAs. Ao anunciar que vai impedir o acesso dos usuários às Unidades de Pronto Atendimento, o Sindicato fere o direito do cidadão de ser atendido pela rede pública de saúde.

Atualmente com quatro médicos em suas escalas de plantão, as três UPAs da cidade não estão sendo afetadas pela greve dos servidores, apesar das tentativas do Sindicato. No início da paralisação, o Sindiserpum chegou a informar aos usuários que o atendimento médicos nas UPAs estava suspenso, quando na verdade os médicos que atuam nas Unidades são terceirizados, e em nenhum momento interromperam os serviços.

O Sindicato também está prometendo boicotar a campanha de vacinação contra a Poliomielite, que tem o seu dia “D” agendado para o próximo sábado, 15. Caso o boicote se concretize, serão prejudicadas milhares de crianças de 6 meses e 5 anos incompletos, que além da imunização contra a paralisação, também terão a sua caderneta de vacinação atualizada.

A presidente do Sindiserpum justifica as ameaças afirmando que a Prefeitura não tem negociado com a categoria. No entanto, inúmeras reuniões já foram realizadas no Palácio da Resistência no sentido de pôr fim ao movimento. O Município propôs, mesmo diante da crise financeira que enfrenta, reajuste de 6,41% aos servidores.

Na última reunião com o Sindicato, a Prefeitura propôs ainda encaminhar para a Câmara, na primeira quinzena de agosto, projeto de lei do PMAQ para pagamento imediato após aprovação no Legislativo; pagamento de insalubridade a partir de janeiro/2016; reabertura de negociação a partir de setembro sobre pontos pendentes do acordo referente à greve de 2014, além da criação de uma comissão permanente de negociação.

Diante das ameaças de radicalização, a Prefeitura já está adotando as medidas judiciais cabíveis para garantir à população o direito de ser atendida na rede de saúde municipal, e não tem medido esforços para encerrar, de forma extrajudicial, o movimento paredista, detalhando constantemente a situação financeira do Município ao Sindiserpum.

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