17 OUT 2024 | ATUALIZADO 18:26
SAÚDE
Da redação
15/08/2015 09:10
Atualizado
14/12/2018 08:24

Mãe diz que bebê teve convulsões após tomar remédio em casa

Bebê Lucas Gabriel, de 4 meses, chegou ao UPA de 6h10 com sucessivas convulsões, que evoluiu, infelizmente, para um quadro de paradacardiorespitória irrevessível, informa os médicos

“Adotamos todos os protocolos possíveis, mas infelizmente não conseguimos reverter o quadro de sucessivas convulsões seguida de parada cardio respiratória”, disse o médico Diego Dantas sobre a morte do bebê Lucas Gabriel, de 4 meses, na Unidade de Pronto Atendimento do Bairro Belo Horizonte, no intervalo de 6h10 a 7h da manhã deste sábado, em Mossoró/RN.

O bebê de quadro meses tem histórico familiar complicado desde que nasceu. Inclusive, consta no registro de entrada na UPA do Belo Horizonte que, devido a estes descasos que sofria em casa, a criança vinha sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar. Quando o óbito foi registrado, o setor de Assistência Social acionou o Conselho Tutelar para adotar providências.

O Conselheiro Italo Mikael declarou à imprensa escrita, no rádio e redes sociais que houve negligência médica no socorro a criança. Segundo ele, se na UPA do BH tivesse um aparelho que tem no Hospital Regional Tarcísio Maia, a criança tinha sido salva. Denunciou também que o SAMU se recusou a transferir o bebê do UPA para o HRTM.

O médico Diego Dantas disse que o conselheiro tutelar não falou a verdade. Disse ainda que trabalha no HRTM e pode afirmar com absoluta certeza que não existe equipamento possível de ter auxiliado aos 5 médicos a salvar a criança. “Adotamos todos os protocolos possíveis, mas infelizmente não conseguimos reverter o quadro de sucessivas convulsões, que, infelizmente, evoluiu para uma parada cardiorespiratória e óbito”, disse.

Ainda conforme Diego Dantas, a criança só poderia ser transferida do UPA para uma unidade de UTI pediatrica quando o quadro de saúde dela fosse estabilizado, o que infelizmente não foi possível. Logo, o SAMU, segundo o diretor José Gilliano, só poderia fazer a transferência quando a criança estivesse estabilizada. Ainda conforme Diego Dantas, o atendimento prestado à Lucas Gabriel foi feito num cenário que se assemelha a uma UTI, com medicamentos, espaço, médicos e equipamentos.

O Conselhereiro Tutelar Flávio Roberto disse que a opinião do colega Italo Mikael não é a opinião do colegiado de conselheiros. Segundo ele, os demais conselheiros não fazem juíz de valor em nenhum caso antes da devida apuração dos fatos. "Esta declaração é uma posição pessoal do Ìtalo Mikael e não a nossa dos conselheiros", destaca Flávio Roberto em ligação ao MOSSORÓ HOJE.

Em entrevista a InterTV em video gravado pelo O Câmera, a mãe de Lucas Gabriel conta como começou as convulções

Os médicos que receberam o bebê com sucessivas convulsões no UPA do BH, segundo Diego Dantas, foram João Erli, Gustavo Randson, Camila Rebouças e Robson Costa, além dos demais que estavam chegando para assumir os plantões na unidade.

“Para estabilizar o quadro, a equipe usou o suporte avançado de pediatria, como dosagem de adrenalina, sondagem, massagem cardíaca, além de ter sido feito o entubamento da criança”, relata o médico Diego Dantas, lembrando que o corpo do bebê deve ser encaminhado para o Instituto Técnico-científico de Polícia (ITEP) para constatar oficialmente a causa da morte.

Ainda conforme o médico Diego Dantas, o que teria levado a criança ao quadro de sucessivas convulsões e morte deve ser encaminhado para ser investigado pela Polícia Civil. "É preciso saber o que causou estas convulsões, como esta criança estava sendo tratada, como ela chegou a este quadro e quem são os responsáveis”, destaca o médico.

“Não sei até que ponto o Conselho Tutelar foi diligente o suficiente para evitar que esta criança chegasse ao quadro que chegou”, finaliza.

Atualizada de13h33 minutos

 

A Secretaria Municipal de Saúde divulgou uma nota sobre o caso.

Segue:

A Secretaria Municipal de Saúde informa que uma bebê de quatro meses de vida deu entrada às 6h40 deste sábado, 15, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Belo Horizonte, zona sul de Mossoró. Na ocasião, a paciente foi atendida imediatamente pelos profissionais plantonistas, que tentaram estabilizar a saúde da bebê, medida imprescindível para transferir a paciente a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, equipamento mantido pela Prefeitura de Mossoró no Hospital Wilson Rosado.

Simultaneamente a esse procedimento, foi solicitada a vaga na UTI. Porém, lamentavelmente, por volta das 6h50, mesmo com agilidade no atendimento, a bebê teve uma piora em seu quadro clínico de saúde antes mesmo de ser realizada a transferência.

A Secretaria Municipal de Saúde ressalta que foram tomados todos os procedimentos clínicos de suporte à vida para a paciente.

Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário