O secretário de Mobilidade Urbana de Mossoró, Charlejandro Rustayne Marcelino Pontes, disse que os taxistas e veículos clandestinos que estão fazendo protestos rodovias e ruas de Mossoró nesta quarta-feira (19) é uma minoria dos profissionais que atuam nesta atividade. “Não se pode garantir direitos ferindo direitos dos outros”, complementa o secretário.
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Segundo Charlejandro Rustayne, a grande maioria está demonstrando apoio a Prefeitura de Mossoró para melhorar o trânsito no Centro da cidade. É o caso de Eudes Severino Atacama, presidente do Sindicato dos Taxistas legalizados que transportam pessoas de cidades vizinhas para Mossoró.
Entretanto, alguns poucos taxistas, muitos deles clandestinos e até pessoas que não tem qualquer ligação com o trabalho de transporte de passageiros, estão protestando. Querem continuar no Centro de Mossoró pegando e deixando passageiros.
É o caso do taxista Josimar Brito de Castro (linha Mossoró/Natal) que disse ao MOSSORÓ HOJE que seu veículo não é licenciado para transporte de passageiros. Tem placa cinza. Ele reclama que os locais determinados para eles deixarem os passageiros é desestruturado.
Veja em vídeo acima.
Josimar de Castro, segundo o secretário Charlejandro Rustayne, é um exemplo de taxista ou clandestino que não se informou direito sobre as regras acordadas entre taxistas de Mossoró e taxistas legalizados de outras cidades para organizar o transporte e o trânsito.
No acordo, o taxista de outra cidade pode deixar o passageiro onde desejar, inclusive no Centro. Depois deve retornar para seu ponto base, no caso de Mossoró serão quatro. “Esta medida após esclarecida para os motoristas todos ficaram de acordo”, destaca o secretário.
“Essa parcela de alternativos, é bom deixar claro que é uma minoria e que grande parte não está participando. Tem alguns que estão lá na secretaria nos dando apoio, dizendo que estão de acordo com as medidas da prefeitura, que tem mais é que organizar”, diz Charlejandro.
Os taxistas legalizados e clandestinos começaram o movimento fechando rodovias no início da manhã desta quarta. A primeira rodovia fechada foi a RN 117, que dá acesso a Governador Dix-Sept Rosado. Segundo o secretário de Segurança e Defesa Social, Alvibá Gomes, foi rapidamente liberada.
A outra rodovia fechada e também quando a polícia chegou foram liberadas, foram trechos das BRs 110 e 304, respectivamente perto de Suassuarana, acesso de Areia Branca, e perto do acesso da Serra do Mel, na rodovia federal de acesso ao município de Assu.
Em seguida, os taxistas e também os clandestinos se dirigiram ao Centro de Mossoró. Parte destes veículos que vieram de cidades da região Oeste e Tibau e Grossos, se alojaram em frente ao Palácio da Resistência, onde conseguiram apoio dos grevistas da saúde.
Os taxistas e clandestinos que vieram da região de Assu chegaram a atear fogo em pneus na ponte de acesso do Alto São Manoel ao Centro de Mossoró, porém rapidamente após chegada da Polícia, o tráfego foi liberado para os veículos, motos, bicicletas e pedestres.
Os secretários Tidau Amorim, Charlejandro e Alvibá Gomes convidaram, mesmo sem os taxistas e clandestinos terem razão, para conversar numa sala na Secretaria de Mobilidade Urbana. Uma parte foi e a outra ficou para interditar a ponte novamente.
A medidas adotadas visam organizar o trânsito e também ao transporte, segundo o secretário Charlejandro, acrescentando que até que se instale a zona azul em Mossoró haverá um problema sério de trânsito no Centro da cidade. Já com relação ao transporte, Charlejandro disse que o objetivo é equilibrar o sistema local de transporte e garantir o transporte coletivo, que é o transporte mais democrático, e possa ser efetivado. Ainda dentro desta mesma ideia, o secretário destaca que é preciso proteger os taxistas de Mossoró.
São atos que a gestão repudia. “Não se pode garantir direitos ferindo direitos dos outros. Principalmente quando se são alternativos de outras cidades que querem ter direitos adquiridos dentro de nosso município. O que a Prefeitura de Mossoró está fazendo é conceder, flexibilizar para que estes táxis fiquem dentro da cidade até certo ponto. Porém, ressalto, por lei, estes taxistas e clandestinos não tem este direito", destaca.