O maior reservatório de água doce do Rio Grande do Norte, a Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, na região do Vale do Açu, aumentou menos de um 1% desde que o inverno começou em 2019.
Os dados são do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), que tem a responsabilidade de monitorar a estrutura e também providenciar a manutenção necessária para sua preservação.
Com capacidade para armazenar até 2,4 bilhões de metros cúbicos de água, o reservatório antes do inverno estava com 19,83% e nesta segunda-feira, dia 18, estava com 20,81%. Faltam 15,99 metros para sangrar.
A Armando Ribeiro depende da sangria dos reservatórios da região e principal do sistema Mãe D'água, na Paraíba, para tomar água e sangrar. Estes reservatórios, no entanto, estão longe de sangrar.
É o caso da Barragem Gargalheiras, de Acari, Itans, em Caicó, Coremas, na Paraíba, entre outros, que ainda estão com pouca água. Açudes menores, como Beldroega, em Paraú, estão prestes a sangrar.
Outro importante reservatório hídrico que está prestes a sangrar é Pataxó, em Ipanguaçu, mas neste caso não sangra para dentro da Armando Ribeiro e sim para o Piranhas/Açu.
A Armando Ribeiro Gonçalves é fundamental para o abastecimento de pelo menos 40 cidades da região, além de ser responsável direito pela irrigação de pelo menos 30 mil hectares no Vale do Açu.
Inaugurada em 1983, a Armando Ribeiro sangrou pela primeira vez em 1985. Depois sangrou algumas vezes, mas nunca havia chegado tão perto de secar como na grande seca de 2011 a 2018.
No Vale do Açu, o prefeito Gustavo Soares, de Assu, disse que na região estão otimistas com a possibilidade de sangria do maior reservatório de água doce do estado. Para tanto, esperam que as chuvas continuem.
Outros reservatórios
A Barragem de Pau dos Ferros, o Açude de Lucrécia, o Açude de Patu, Barragem de Umari em Upanema, a Barragem de Santa Cruz, em Apodi, entre outros reservatórios menores, também tomaram pouca água neste início de inverno.