05 NOV 2024 | ATUALIZADO 18:33
ESTADO
CEZAR ALVES, DA REDAÇÃO
19/03/2019 08:12
Atualizado
19/03/2019 08:24

Barragem Armando Ribeiro precisa tomar 15,99 metros de água para sangrar

Reservatório tem capacidade para armazenar até 2,4 bilhões de metros cúbicos de água e para sangrar, precisa que os açudes menores no Seridó e no Alto Sertão da Paraíba comecem a transbordar
Reservatório da Armando Ribeiro tem paredão 3 km de estenção no municipio de Itajá e o acumulado até o momento é de 20,81% para uma capacidade total de 2,4 bilhões de metros cúbicos de água
FOTO EDMILSON SILVA

O maior reservatório de água doce do Rio Grande do Norte, a Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, na região do Vale do Açu, aumentou menos de um 1% desde que o inverno começou em 2019.

Os dados são do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), que tem a responsabilidade de monitorar a estrutura e também providenciar a manutenção necessária para sua preservação.

Com capacidade para armazenar até 2,4 bilhões de metros cúbicos de água, o reservatório antes do inverno estava com 19,83% e nesta segunda-feira, dia 18, estava com 20,81%. Faltam 15,99 metros para sangrar.

A Armando Ribeiro depende da sangria dos reservatórios da região e principal do sistema Mãe D'água, na Paraíba, para tomar água e sangrar. Estes reservatórios, no entanto, estão longe de sangrar.

É o caso da Barragem Gargalheiras, de Acari, Itans, em Caicó, Coremas, na Paraíba, entre outros, que ainda estão com pouca água. Açudes menores, como Beldroega, em Paraú, estão prestes a sangrar.

Outro importante reservatório hídrico que está prestes a sangrar é Pataxó, em Ipanguaçu, mas neste caso não  sangra para dentro da Armando Ribeiro e sim para o Piranhas/Açu.

A Armando Ribeiro Gonçalves é fundamental para o abastecimento de pelo menos 40 cidades da região, além de ser responsável direito pela irrigação de pelo menos 30 mil hectares no Vale do Açu.

Inaugurada em 1983, a Armando Ribeiro sangrou pela primeira vez em 1985. Depois sangrou algumas vezes, mas nunca havia chegado tão perto de secar como na grande seca de 2011 a 2018.

No Vale do Açu, o prefeito Gustavo Soares, de Assu, disse que na região estão otimistas com a possibilidade de sangria do maior reservatório de água doce do estado. Para tanto, esperam que as chuvas continuem.

Outros reservatórios

A Barragem de Pau dos Ferros, o Açude de Lucrécia, o Açude de Patu, Barragem de Umari em Upanema, a Barragem de Santa Cruz, em Apodi, entre outros reservatórios menores, também tomaram pouca água neste início de inverno.



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