Durante o programa “Justiça na Praça” que aconteceu durante esta quinta-feira (31), na cidade de Mossoró, a reportagem do MOSSORÓ HOJE converso com a secretária da Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional (CEJAI), Nadja Torres, que explicou sobre o Projeto Padrinhos.
Iniciativa do Tribunal de Justiça do Estado (TJRN) e do Grupo Afeto de Apoio à Adoção, o projeto tem o objetivo de proporcionar a crianças e adolescente que permanecem em instituições de acolhimento do estado, com remotas possibilidades de serem reintegrados em sua família de origem e com baixa perspectiva de adoção, a construção de ligações externas e uma melhor integração na sociedade.
O projeto possui três modalidades: Padrinho/madrinha Afetivo, Padrinho/madrinha Profissional e Padrinho/madrinha Provedor.
O primeiro tipo trata-se do apadrinhamento para garantir visitas regulares e atividades familiares, lúdicas e comunitárias, sobretudo durante os fins de semana, feriados e férias escolares, proporcionando a socialização e a convivência familiar.
O apadrinhamento profissional é aquele que visa atender às necessidades dos apadrinhados e oferecer demais serviços conforme um plano de atividades desenvolvido como ação de responsabilidade social por profissionais autônomos ou pessoas jurídicas, observada a respectiva expertise profissional ou área de atuação.
Já o apadrinhamento provedor visa garantir suporte material por meio de contribuições financeiras recorrentes ou episódicas, bem como através de doações de materiais escolares, vestuário, brinquedos, além da viabilização de cursos de idiomas, reforço escolar, prática esportiva, entre outras demandas do apadrinhado.
Segundo Nadja, os interessados em apadrinhar uma criança ou adolescente, nas modalidades afetiva e profissional, nas cidade de Mossoró e Natal, onde acontecem os projetos, podem entrar no site “Padrinhos”, do TJRN, e realizar um cadastro, observando os requisitos necessários.
Já as pessoas que desejam ser padrinhos provedores, podem se inscrever de qualquer parte do país, desde que também cumpram os requisitos necessários para tal função.
Nadja reforça que é importante entender que o apadrinhamento nada tem a ver com adoção. O projeto não implica vínculo jurídico entre padrinha ou madrinha e seu afilhado ou afilhada.
Ela explica que para adotar uma criança existe uma fila de adoção e que é necessário que os interessados se inscrevam no Sistema Nacional de Adoção e siga todos os passos por eles exigidos.