Os partidos de oposição ao governo de Jair Bolsonaro se reuniram nesta terça-feira, 26, e divulgaram posicionamento conjunto sobre a proposta de Reforma da Previdência de Bolsonaro, a PEC 06/2019. Os partidos que assinam o documento (em anexo) são PT, PDT, PCdoB, PSB, PSOL e Rede.
A líder da Minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), e o líder da Oposição, Alexandre Molon (PSB-RJ), destacaram a unidade dos partidos para combater a proposta de Bolsonaro, que na prática retira a aposentadoria para a maioria da população brasileira. Feghali avisa que a oposição fará um "movimento cívico-nacional para derrotar a Reforma da Previdência".
Na nota, os partidos de Oposição garantem que caminharão unidos contra a reforma. "Pela unidade na luta pela rejeição da PEC nº 6/2019, desde o primeiro estágio de sua tramitação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania", afirmam em nota.
Os signatários do texto ainda querem uma "Previdência justa e segura", e uma "política capaz de fomentar a criação de empregos decentes e o desenvolvimento econômico sustentável e inclusivo".
Durante a reunião, a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann (PR), defendeu a unidade dos partidos e dos movimentos sociais em defesa do povo brasileiro. Conforme Gleisi, a Reforma da Previdência de Bolsonaro visa a destruição do Estado de Direito no País. "A seguridade social é um dos capítulos mais importantes da Constituição e querem acabar com esse capítulo. A reforma também não combate privilégios, mas, sim, leva a população ao empobrecimento, ao desemprego". Gleisi alerta que, se a reforma prosperar, "o Brasil vai empobrecer ainda mais".
Já o líder da Bancada do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), destaca a demonstração de unidade dos partidos de Oposição neste momento delicado que o País vive. "Esse é um gesto político de profunda importância, que terá repercussões positivas, pois demonstramos claramente à sociedade a capacidade real de articulação política que temos no Congresso Nacional e também a mobilização da sociedade para ajudar a derrotar essa proposta, que chamo de tentativa de destruição da Previdência pública no Brasil", argumenta Pimenta.