O potiguar Lucenildo Firmino, de 40 anos, vai representar o Rio Grande do Norte na 4ª edição do "Mondial Du Fromage – Et Des Produits Laitiers", uma competição mundial de queijos que reúne representantes de 38 países e acontece na cidade de Tours, na França, entre os dias 2 a 4 de junho.
Essa será a primeira vez que um queijo artesanal produzido no Rio Grande do Norte será exposto e avaliado na competição.
"É muito emocionante. Isso é fruto de um trabalho plantado lá atrás que está sendo colhido agora. Estou levando o nome do Seridó, de toda a cadeia produtiva de queijo da região. Só de participar, já estou muito feliz", conta.
Lucenildo, que é conhecido como "Galego da Queijeira", é natural da cidade Jucurutu, mas mudou para Tenente Laurentino Cruz, em 2011, uma cidade com cerca de 6 mil habitantes, na Região Seridó do estado, para trabalhar na queijeira Serra de Santana, que pertencia ao irmão.
Em 2016, ele comprou a queijeira do irmão, investiu em cursos, em equipamentos, melhorou a produção e passou a ganhar prêmios já no ano seguinte. "Expomos na Festa do Boi e depois passamos a frequentar concursos nacionais", conta ele.
Ao todo, “Galego da Queijeira” acumula nove premiações nacionais e regionais. As principais foram a medalha de ouro com o queijo de coalho numa mostra nacional promovida pelo Sebrae em 2017, uma prata com o queijo de manteiga e um bronze com o queijo de coalho no Encontro Nordestino de Laticínios (2018), além de uma medalha de prata para o queijo de manteiga num concurso nacional em São Paulo.
Essa será a primeira vez que o produtor deixa o Brasil para uma viagem internacional. Atualmente, ele produz queijos de manteiga, do sertão (o queijo de garrafa) e de coalho, que é o que competirá na França.
Hoje, trabalham na queijeira, além de Lucenildo, a esposa dele e outros dois funcionários. A queijeira Serra de Santana produz em média 160 quilos de queijo por dia.