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ESTADO
28/04/2020 11:49
Atualizado
28/04/2020 11:55

Internas do sistema penitenciário do RN produzem máscaras para doação

Inicialmente, o projeto de ressocialização está sendo realizado na unidade feminina da penitenciária João Chaves, em Natal, mas também será estendido para Penitenciária Estadual do Seridó, em Caicó, e para a Penitenciária Agrícola Doutor Mário Negócio, em Mossoró. Toda produção será encaminhada para a Rede Solidariedade RN+ Protegido, que fará a doação à população carente.
FOTO: DIVULGAÇÃO/SEAP

As internas da Penitenciária João Chaves, localizada em Natal, vão produzir máscaras para serem distribuídas à população carente.

O projeto de ressocialização através da costura industrial foi iniciado nesta segunda-feira (27), pela Secretaria da Administração Penitenciária (Seap) do Rio Grande do Norte.

Nessa primeira etapa serão produzidas 25 mil máscaras para ajudar na prevenção e combate ao novo Coronavírus (Covid-19). Outras duas unidades, com igual capacidade de produção, entrarão em operação no início de maio.

O titular da Seap, Pedro Florêncio Filho, explica que foram instaladas 10 máquinas industriais na João Chaves Feminina, através de parceria com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), e que os insumos foram doados pela indústria têxtil do RN.

A mão de obra conta com 25 internas capacitadas no primeiro semestre deste ano em curso de costura industrial com o Senai.

“O mais importante é o trabalho social que está sendo desenvolvido aqui e em outras unidades do sistema prisional do Estado”, disse Pedro Florêncio.

Toda produção será encaminhada para a Rede Solidariedade RN+ Protegido, que fará a doação à população carente.

“Essa é mais uma oportunidade que estamos recebendo e vamos abraçá-la com todas as forças. Estamos felizes em poder ajudar”, disse a interna Marta Figueiredo.

As pessoas privadas da liberdade que participam do projeto tem o benefício de um dia de pena remido a cada três dias trabalhados, de acordo com a Lei de Execuções Penais (LEP).

Todo trabalho é supervisionado de perto pelos policiais penais da unidade. A diretora da João Chaves, Jacinta Costa, é uma entusiasta dos projetos de ressocialização.

“Elas estão colocando em prática tudo o que aprenderam no curso de costura industrial”, disse. A confecção funcionará em dois turnos, respeitando horários das refeições e de descanso.

Segundo Pedro Florêncio, em uma próxima etapa, serão confeccionados outros Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como toucas e aventais e, quando a pandemia passar, fardamento para internos do sistema e para as escolas da rede estadual.

“Estamos implementando mais dois polos: um na Penitenciária Estadual do Seridó, em Caicó, e outro na Penitenciária Agrícola Doutor Mário Negócio, em Mossoró, com o mesmo objetivo”, disse.

As máquinas serão instaladas até o início de maio. A Seap está firmando parcerias para recebimento de matéria-prima e insumo para confecção das peças.


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