28 MAR 2024 | ATUALIZADO 09:07
POLÍTICA
COM INFORMAÇÕES DE O GLOBO
22/06/2020 10:38
Atualizado
22/06/2020 15:34

PGR acusa Girão de usar verba pública em apoio a atos antidemocráticos

Além do deputado pelo Rio Grande do Norte, também são acusados Bia Kicis (DF), Guiga Peixoto (SP), Aline Sleutjes (PR). Os quatro parlamentares teriam divulgado virtualmente os atos usando a verba da cota parlamentar. Os deputados negaram envolvimento com as manifestações.
PGR acusa Girão de usar verba pública em apoio a atos antidemocráticos. Além do deputado pelo Rio Grande do Norte, também são acusados Bia Kicis (DF), Guiga Peixoto (SP), Aline Sleutjes (PR). Os quatro parlamentares teriam divulgado virtualmente os atos usando a verba da cota parlamentar. Os deputados negaram envolvimento com as manifestações.
FOTO: REPRODUÇÃO

O deputado pelo Rio Grande do Norte, General Girão é um dos quatro acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de utilizar verba pública para apoiar atos antidemocráticos.

Além dele, outros 3 deputados bolsonaristas também são alvo do inquérito da PGR sobre a origem dos atos. As informações são do jornal "O Globo", que teve acesso ao documento.

O inquérito, que está sob sigilo, foi aberto no mês passado. No documento, o órgão acusa quatro parlamentares de divulgarem virtualmente os atos usando a verba da cota parlamentar. São eles: Bia Kicis (DF), Guiga Peixoto (SP), Aline Sleutjes (PR) e General Girão (RN).

Cada parlamentar tem direito a uma cota mensal independente dos salários, incluindo o dos funcionários do gabinete, que varia entre R$ 30.788,66, no Distrito Federal, e R$ 45.612,53, em Roraima.

O valor é destinado a despesas do mandato, como passagens aéreas, conta de celular e divulgação de mandato.

Segundo o jornal, eles teriam repassado um total de R$ 30,3 mil para a Inclutech Tecnlogia, empresa do marqueteiro Sérgio Lima, responsável pela marca do Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro tentar criar.

Lima foi um dos alvos da operação da Polícia Federal na semana passada no âmbito da investigação sobre fake news e ataques contra ministros do STF, instaurado há mais de um ano.

Em resposta ao jornal, todos os deputados negaram envolvimento com as manifestações antidemocráticas.

Outros seis deputados do PSL tiveram o sigilo quebrado a pedido do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF: Daniel Silveira (RJ), Carolina de Toni (SC), Alê Silva (MG), Carla Zambelli (SP), Cabo Junio Amaral (MG), Otoni de Paula (RJ), além do senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ).

A PGR ainda apura a relação de empresários, ativistas e assessores parlamentares na realização e financiamento destas manifestações e também como sites bolsonaristas podem estar se beneficiando financeiramente com esses atos.

Segundo o órgão, dois deles, a Folha Política e o Foco Brasil, podem ter ganhado mais de R$ 150 mil exibindo os protestos.

A atuação de empresários, ativistas e assessores parlamentares suspeitos colaborarem com os eventos ilegais também é alvo de investigação do órgão.

No dia 15 de junho, na semana passada, a PF prendeu Sara Winter, ativista e uma das líderes do grupo "300 do Brasil", conhecido pelas manifestações antidemocráticas contra o STF e o Congresso Nacional.


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