26 NOV 2024 | ATUALIZADO 15:06
SAÚDE
28/07/2020 18:25
Atualizado
28/07/2020 18:50

RN registra queda nos casos confirmados de hepatite A nos últimos 10 anos

A redução desse tipo de hepatite está relacionada a melhoria das condições de higiene, de saneamento básico das populações e a vacinação em menores de 5 anos; O Boletim Epidemiológico com o cenário dos casos das Hepatites Virais A, B e C no Estado, divulgado nesta terça-feira (28), mostra que o RN teve um total de 3022 casos confirmados das 3 formas da doença entre os anos de 2009 a 2019; Hepatites podem causar danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer; Veja o boletim completo.
RN registra queda nos casos confirmados de hepatite A nos últimos 10 anos. A redução desse tipo de hepatite está relacionada a melhoria das condições de higiene, de saneamento básico das populações e a vacinação em menores de 5 anos; O Boletim Epidemiológico com o cenário dos casos das Hepatites Virais A, B e C no Estado, divulgado nesta terça-feira (28), mostra que o RN teve um total de 3022 casos confirmados das 3 formas da doença entre os anos de 2009 a 2019; Hepatites podem causar danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer; Veja o boletim completo.
FOTO: REPRODUÇÃO

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou nesta terça-feira (28) o Boletim Epidemiológico com o cenário dos casos confirmados das Hepatites Virais A, B e C, no período de janeiro de 2009 a abril de 2020, nas oito regiões de saúde do Rio Grande do Norte.

Os dados foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos Notificáveis (SINAN) e Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e divulgado hoje por ocasião do Dia Mundial de Luta Contra Hepatites Virais.

Veja o boletim completo.

As hepatites virais são doenças causadas por diferentes vírus que provocam alterações no fígado. No Brasil, as mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C.

Na maioria das vezes, as pessoas não apresentam sintomas e desconhecem ter a infecção, tornando-se portadoras dos vírus B ou C. O avanço da infecção pode causar danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer

O boletim divulgado pela Sesap traz ações, números e orientações sobre a doença no estado. A campanha de luta contra as hepatites virais é conhecida como Julho Amarelo.

Segundo o documento, o Rio Grande do Norte, entre os anos de 2009 a 2019, apresentou 3022 casos confirmados em hepatites virais, sendo 1265 (41,9%) casos de Hepatite A, 662 (21,9%) de Hepatite B, 1075 (35,6%) de Hepatite C e 20 (0,6%).



A distribuição dos casos por região de saúde de residência, mostra que 378 (12,5%) eram residentes na 1ª região de saúde, 441 (14,6%) na 2ª região, 149 (4,9%) na 3ª região, 415 (13,7%) na 4ª região, 150 (5,0%) na 5ª região, 132 (4,4%) na 6ª região, 1271 (42,1%) na 7ª região e 86 (2,8%) na 8ª região.

O município de Natal concentrou 869 (28,8%) do total de casos registrados no estado. Em 2019 verificou-se uma diminuição de 47,6% no número de casos de hepatites virais, reflexo da expressiva redução no registro de casos de hepatite A no RN.

Dos 233 casos notificados no ano, 05 (2,1%) eram de hepatite A, 81(34,8%) de hepatite B e 147 (63,1%) de hepatite C.

De janeiro a abril de 2020, foram notificados 73 casos de hepatites virais no RN, desses 59 (80,8%) eram de hepatite C e 14 (19,2%) de hepatite B.

Nos últimos dez anos, todas as regiões de saúde do RN apresentaram redução nas suas taxas de incidência de hepatite A, algumas chegando a diminuir até 100%, como são os casos da 1ª, 2ª, 5ª, 6ª e 8ª regiões.

A hepatite A é transmitida via fecal-oral que está relacionada à condições de saneamento básico, higiene pessoal, relação sexual desprotegida (contato boca-ânus), qualidade da água e dos alimentos.

A redução desse tipo de hepatite está relacionada a melhoria das condições de higiene, de saneamento básico das populações, e a vacinação contra a Hepatite A em menores de 5 anos.

Já as hepatites virais B e C são transmitidas por via parenteral, percutânea ou vertical através do contato com sangue infectado e por via sexual através do esperma e secreção vaginal.

Na II Unidade Regional de Saúde (II Ursap), que abrange Mossoró e município circunvizinhos, desde 2018 não é registrado nenhum novo caso de hepatite viral.



TRATAMENTO

O tratamento é oferecido gratuitamente a todos os pacientes que tem a confirmação do diagnóstico da infecção pelo vírus B (HBV) e C (HCV). No RN, atualmente, existem 133 pessoas em tratamento para hepatite B e 20 para hepatite C.

O estado conta com 03 serviços de referência para o tratamento dessas doenças, sendo dois em Natal, o Hospital Giselda Trigueiro e o Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), além do Hospital Rafael Fernandes em Mossoró. Os casos de hepatite A são acompanhados na atenção primária à saúde.


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