02 FEV 2025 | ATUALIZADO 19:49
POLÍCIA
ANNA PAULA BRITO, COM INFORMAÇÕES DE CEZAR ALVES E DA PMSP
02/09/2020 15:34
Atualizado
02/09/2020 17:40

Médico é preso em Mossoró suspeito de envolvimento em esquema de venda de vagas em curso de medicina

Adolfo Araújo Bezerra, de 27 anos, foi preso na manhã desta quarta-feira (2). Contra ele há um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça de São Paulo. O médico é suspeito de participar de um grupo criminoso especializado em fraudar vestibulares, sempre com foco nos concorridos cursos de medicina.
FOTO: CEZAR ALVES

O médico Adolfo Araújo Bezerra, de 27 anos, foi preso na manhã desta quarta-feira (2), na cidade de Mossoró, por ter participado de fraude no vestibular de medicina da Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA), na cidade de Assis, em São Paulo.

O Poder Judiciário do estado de São Paulo emitiu 12 mandado de prisão temporária e 22 mandados de buscas domiciliares que estão sendo cumpridos nas cidades de São Paulo/SP, Ribeirão Preto/SP, Natal e Mossoró/RN, Juazeiro do Norte/CE, Campina Grande/PB e Montes Claros/MG.

Segundo as investigações, iniciada na cidade sede da FEMA, em abril 2019, os investigados, realizavam provas por terceiros e se identificavam como sendo os verdadeiros candidatos.

As investigações ainda apontaram que os suspeitos possuem formação em curso superior de medicina e que, inclusive, já exercem suas funções em postos de saúde e hospitais nas cidades citadas anteriormente.

O médico Adolfo Araújo, preso em Mossoró, estava atendendo no Hospital Santa Luzia (Hospital da Liga Contra o Câncer), no momento da prisão. Ele também trabalha no Hospital Regional Tarcísio Maia e em Felipe Guerra.

Ele foi encaminhado para depor na Delegacia Regional de Mossoró e, após ser ouvido pelo delegado, foi encaminhado para realização de exames de corpo delito no Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep). Em seguida, foi encaminhado para a cadeia pública.

O médico será investigado pelo crimes de estelionato, associação criminosa e falsificação de documentos públicos.

A INVESTIGAÇÃO

A Polícia Civil de Assis passou a investigar o caso após denúncia da própria FEMA, que foi informada pela VUNESP, empresa responsável pelo vestibular para ingresso no curso de medicina, que as impressões digitais de 5 candidatos inscritos no vestibular apresentavam inconsistências.

De acordo com as investigações os "pilotos", como são conhecidos os fraudadores, assinaram as listas de presença, as folhas de respostas, tiveram coletadas suas impressões digitais e foram gravados pelas câmeras de segurança, durante a prova.

As investigações ainda apuraram que todos os suspeitos fazem parte de um grupo criminoso especializado em fraudar vestibulares, sempre com foco nos concorridos cursos de medicina.

A operação ainda está em andamento nos estados onde os suspeitos residem.


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