18 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:25
POLÍCIA
06/09/2020 15:50
Atualizado
06/09/2020 16:26

Justiça de São Paulo renova ordem de prisão de médico em Mossoró-RN

Adolfo Araújo Bezerra foi preso no início da semana por envolvimento com uma numerosa quadrilha da região Centro Oeste do País que vendia acessos as faculdades de medicina por valores que chegavam a R$ 120 mil.
Adolfo Araújo Bezerra foi preso no início da semana por envolvimento com uma numerosa quadrilha da região Centro Oeste do País que vendia acessos as faculdades de medicina por valores que chegavam a R$ 120 mil.

A pedido da Polícia Civil e do Ministério Púbico Estadual, a Justiça do município de Assis, no interior do Estado de São Paulo, renovou a ordem de prisão provisória de 5 dias contra o médico Adolfo Araújo Bezerra, de 27 anos, em Mossoró-RN.

Adolfo é um dos médicos entre vários outros profissionais graduados que, segundo a Polícia Civil de Assis, teriam sido cooptados para fraudar o acesso a Faculdade de Medicina da Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA), no ano de 2017.

A própria FEMA descobriu a fraude e comunicou as autoridades. O caso passou a ser investigado e quanto mais a polícia apurava, mas descobria pessoas envolvidas. As vagas eram vendidas por valores que variava de R$ 80 mil a R$ 120 mil reais.

A direção da FEMA informou que um ano após a fraude, todos os alunos envolvidos foram expulsos. Em Nota, da direção a FEMA informa que tomou todas as medidas legais para evitar que novas fraudes viesse acontecer do mesmo jeito do caso investigado.

A Polícia Civil calcula que o banco movimentou mais de R$ 5 milhões. A função de Adolfo e dos demais envolvidos na condição em que se encontrava era fazer as provas no lugar de quem pagasse. Ele fazia a prova e se fosse aprovado, recebia R$ 25 mil.

O trabalho foi realizado em três etapas. Após a FEMA informar as autoridades, começou o trabalho sigiloso da Policia monitorando os suspeitos. A Policia de Assis informou que teve uma jovem de 23 anos que fez provas para outras 15 pessoas.

O segundo momento foi em 2019, quando a Policia Civil e o Ministério Público de São Paulo efetuaram a prisão de dezenas de envolvidos. Faltava descobrir a identificação dos membros do bando que eles classificaram como “clones”, aqueles que faziam as provas.

Com imagens captadas nos locais das provas, os policiais conseguiram fotos dos rostos dos clones e passaram a procura-los. É caso de Adolfo Araújo Bezerra, que foi encontrado em Mossoró. O delegado veio de SP para investiga-lo na Terra de Santa Luzia.

Em Mossoró, o delgado disse que identificou Adolfo Araújo e informou a Justiça de São Paulo, que decretou, inicialmente, prisão de 5 dias, que terminou sendo renovada por mais 5 dias. Quem deu cumprimento a nova prisão foi o delegado Luiz Fernando, da Regional de Polícia.

O médico deve está recolhido numa cela separada dos demais presos da Cadeia Pública de Mossoró, conforme é previsto em lei. Em São Paulo, a Policia Civil e o Ministério Público acredita que está na reta final da investigação que começou há três anos.

Asclépio

A Operação foi batizada de Asclépio, que na mitologia grega significa Deus da Medicina e da Cura, foi organizada pela Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público.


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