A pedido da Polícia Civil e do Ministério Púbico Estadual, a Justiça do município de Assis, no interior do Estado de São Paulo, renovou a ordem de prisão provisória de 5 dias contra o médico Adolfo Araújo Bezerra, de 27 anos, em Mossoró-RN.
Adolfo é um dos médicos entre vários outros profissionais graduados que, segundo a Polícia Civil de Assis, teriam sido cooptados para fraudar o acesso a Faculdade de Medicina da Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA), no ano de 2017.
A própria FEMA descobriu a fraude e comunicou as autoridades. O caso passou a ser investigado e quanto mais a polícia apurava, mas descobria pessoas envolvidas. As vagas eram vendidas por valores que variava de R$ 80 mil a R$ 120 mil reais.
A direção da FEMA informou que um ano após a fraude, todos os alunos envolvidos foram expulsos. Em Nota, da direção a FEMA informa que tomou todas as medidas legais para evitar que novas fraudes viesse acontecer do mesmo jeito do caso investigado.
A Polícia Civil calcula que o banco movimentou mais de R$ 5 milhões. A função de Adolfo e dos demais envolvidos na condição em que se encontrava era fazer as provas no lugar de quem pagasse. Ele fazia a prova e se fosse aprovado, recebia R$ 25 mil.
O trabalho foi realizado em três etapas. Após a FEMA informar as autoridades, começou o trabalho sigiloso da Policia monitorando os suspeitos. A Policia de Assis informou que teve uma jovem de 23 anos que fez provas para outras 15 pessoas.
O segundo momento foi em 2019, quando a Policia Civil e o Ministério Público de São Paulo efetuaram a prisão de dezenas de envolvidos. Faltava descobrir a identificação dos membros do bando que eles classificaram como “clones”, aqueles que faziam as provas.
Com imagens captadas nos locais das provas, os policiais conseguiram fotos dos rostos dos clones e passaram a procura-los. É caso de Adolfo Araújo Bezerra, que foi encontrado em Mossoró. O delegado veio de SP para investiga-lo na Terra de Santa Luzia.
Em Mossoró, o delgado disse que identificou Adolfo Araújo e informou a Justiça de São Paulo, que decretou, inicialmente, prisão de 5 dias, que terminou sendo renovada por mais 5 dias. Quem deu cumprimento a nova prisão foi o delegado Luiz Fernando, da Regional de Polícia.
O médico deve está recolhido numa cela separada dos demais presos da Cadeia Pública de Mossoró, conforme é previsto em lei. Em São Paulo, a Policia Civil e o Ministério Público acredita que está na reta final da investigação que começou há três anos.
Asclépio
A Operação foi batizada de Asclépio, que na mitologia grega significa Deus da Medicina e da Cura, foi organizada pela Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público.