O mês de outubro é marcado por ser o período de conscientização que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e mais recentemente sobre o câncer de colo do útero.
A campanha já mundialmente conhecida por Outubro Rosa também alerta para o acompanhamento psicológico de pacientes em tratamento.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão brasileiro auxiliar do Ministério da Saúde, estima para esse ano de 2020, mais de 1.100 casos de câncer de mama no Rio Grande do Norte (RN), sendo um terço deles somente em Natal.
Nos casos em que a mulher precisa fazer a retirada do seio, por exemplo, o acompanhamento psicológico é fundamental durante o tratamento.
A psicóloga do Hapvida Saúde, Adriana Melo, explica que “vêm diversos medos, angústias, perguntas sobre a doença e receio em deixar a família. Então, é necessário que o profissional esteja ali para oferecer suporte a essa pessoa mostrando que durante essa fase dolorosa é ideal a busca pela cura”.
A mastectomia, como processo de retirada cirúrgica de parte do seio, é uma ocasião importante e muitas vezes extremamente sofrida. A imagem corporal pode ser, sim, muito afetada e é fundamental que toda dor e todo medo sejam acolhidos e trabalhados.
“O profissional da psicologia deve ficar presente ao longo do tratamento para celebrar alegrias, vitórias e também acolher angústias, medos e tristezas. Sempre conduzindo para o bem estar integral do paciente”, enfatiza a especialista do Hapvida Saúde.
Ainda segundo Adriana Melo, muitas pessoas chegam a cuidar durante a vida do corpo físico e acabam esquecendo de buscar a saúde mental.
“'A nossa sociedade ainda é permeada por dogmas culturais e a ciência tem trabalhado para trazer saúde da melhor maneira possível através de medicamentos e terapias cada vez com menos efeitos colaterais”.
Assim como os exames de prevenção, os cuidados com a mente precisam acontecer regularmente.
“Todo o tratamento precisa contar com uma equipe multidisciplinar e junto deve ter o psicólogo para promover melhorias no próprio cotidiano, relações e trabalho do paciente oncológico. Quanto mais cedo diagnosticado, maiores são as chances de cura”, ressalta a especialista.