O Tribunal do Júri Popular (TJP) da Comarca de Mossoró volta a se reunir nesta terça-feira (17), para julgar a culpa do servente de pedreiro, Carlos Alberto Saldanha da Silva, de 58 anos, por diversos crimes cometidos na cidade de Mossoró.
O réu é acusado dos crimes de violência doméstica, ameaça, constrangimento mediante violência ou ameaça e tentativa de homicídio, todos praticados contra a companheira dele à época. Também há acusação de porte ilegal de arma de fogo.
O júri popular, que acontecerá no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, está previsto para ser iniciado às 8h30 desta terça-feira (17), com o sorteio do corpo de jurados.
Os trabalhos serão presididos pelo Juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros. Acusação apresentada pelo Ministério Público do Estado (MPRN) será realizada pela Promotora Érica Verícia Canuto de Oliveira Veras. Já a defesa do réu fica a cargo do advogado Jose Adrikson Holanda Alves.
O CRIME
De acordo com a narração do MPRN, no dia 5 de setembro de 2019, uma série de acontecimentos levaram à prisão o réu, Carlos Alberto Saldanha da Silva.
No período da tarde deste dia, o réu teria recebido sua companheira em casa e a levado para o quarto do casal, onde a agrediu com socos no rosto. Em seguida ele a ameaçou apontando uma arma de fogo para a cabeça dela.
Não satisfeito com as agressões, Carlos Alberto ainda se armou com um facão e golpeou a vítima na região das costa. Ela teve ferimentos leves.
A vítima então deixou a residência e se dirigiu até uma lanchonete de sua propriedade, sendo seguida pelo réu. No local, por volta das 18h30, Carlos Alberto, a ameaçou com uma arma de fogo e a obrigou a entrar no veículo dele.
Ele levou a vítima para uma estrada carroçável, no final da Av. Alberto Maranhão, onde pretendia assassiná-la. Ainda no trajeto, ele ordenou que ela abaixasse o vidro do carro e atirou para o lado de fora da porta, na direção dela, como forma de assustá-la.
Chegando no local onde pretendia matar sua companheira, Carlos Alberto mandou que a mulher ligasse para se despedir da filha e ordenou que virasse de costas para ser executada.
O crime só não foi concluído porque policiais militares conseguiram intervir e salvar a vítima. Ela haviam sido acionados por testemunhas que viram Carlos Alberto realizando as ameaças, bem como por um amigo dele, pra quem o réu ligou avisando que mataria a companheira.
Diante da série de ocorrência narradas, o MP deve pedir pela condenação do réu por, pelo menos, seis crimes.
Ainda segundo a denúncia, os crimes teriam sido cometidos por motivo fútil, unicamente porque a vítima teria mentido para o réu quando afirmou que não estava fazendo uso de crack.