É inevitável que toda mulher passe pela menopausa - nome dado à última menstruação, que geralmente acontece entre 45 e 55 anos, marcando o fim da fase reprodutiva. Também é sabido que esse momento é de grande apreensão e cuidado, já que altera a rotina e bem estar da família.
A desregulação do ciclo menstrual é o primeiro indício de que a menopausa se aproxima. Em seguida, a redução da libido e a secura vaginal. Outras manifestações comuns que acabam dificultando o diagnóstico são as mudanças de humor, fadiga, irritabilidade, ansiedade e depressão.
Segundo a ginecologista do Hapvida, Drª Isabel Gondim, "esses fenômenos são comuns por conta da grande variação hormonal, muitas vezes são compreendidos exclusivamente como quadros psíquicos e, por isso, acabam não sendo tratados adequadamente".
COMO AMENIZAR ESSES SINTOMAS
Para passar por essa fase com tranquilidade existem algumas opções em tratamentos, alimentação e exercícios. A ingestão de ômega-3, vitaminas e outros antioxidantes, favorecem o bom funcionamento das células, inclusive as dos ovários.
O consumo regular de peixes das espécies oleosas como salmão, atum e sardinha está ligado a uma menopausa mais tardia. Para quem prefere comer legumes todo dia, dê prioridade às versões frescas: vale vagem, ervilha, grão-de-bico, lentilha.
As nozes e castanhas são fontes de gorduras boas e antioxidantes, que reduzem os danos às células dos ovários. Já os ovoc têm proteína e vitaminas, como a D, que atua na absorção de cálcio e, assim, ajuda a prevenir a osteoporose.
Para manter a saúde em dia na transição para o período não fértil, é particularmente importante que seu treino inclua atividades aeróbicas (como caminhada, dança e hidroginástica) e a prática de musculação. Mas consulte seu médico antes de começar a se exercitar para garantir que você não tem nenhum tipo de restrição.
“Escolha atividades que você aprecia, porque isso facilita o comprometimento em longo prazo. Lembre-se que, para proteger sua saúde, é necessário fazer mudanças duradouras de estilo de vida”, recomenda a Drª Isabel.
Uma opção de tratamento é a terapia hormonal (TH) - reposição dos hormônios estrogênio e progesterona por meio de medicamentos, alivia efetivamente os sintomas da menopausa e tem como objetivo melhorar a qualidade de vida da mulher nessa nova fase.
Entretanto, é preciso manejar os riscos. A terapia hormonal aumenta as chances do desenvolvimento de algumas doenças, como tromboembolia pulmonar, câncer de mama, câncer de endométrio e doença hepática, além de apresentar sangramento vaginal não diagnosticado ou porfiria (distúrbio provocado por deficiências de enzimas).
O tratamento deve ser individualizado e é preciso acompanhar a manutenção dos benefícios, a melhora da qualidade de vida e o aparecimento de efeitos adversos nas mulheres que optarem por este tratamento. Converse com um médico de confiança para entender o que é melhor para o seu caso.