19 ABR 2024 | ATUALIZADO 17:50
SAÚDE
15/02/2021 08:22
Atualizado
15/02/2021 08:23

Psicólogo explica como lidar com o luto diante de tantas perdas recentes

''O luto é uma resposta bastante esperada e, totalmente natural, que todo ser humano tem ao perder algo significativo. Essa perda nos desestabiliza de uma maneira muito forte, da qual precisa ser começado a trabalhar isso porque nunca estamos preparados para esse momento de deixar de ter algo ou ver e conversar com alguém, mesmo sabendo que isso é inevitável'', explica o psicólogo do Hapvida Saúde, Raunny Almeida.
''O luto é uma resposta bastante esperada e, totalmente natural, que todo ser humano tem ao perder algo significativo. Essa perda nos desestabiliza de uma maneira muito forte, da qual precisa ser começado a trabalhar isso porque nunca estamos preparados para esse momento de deixar de ter algo ou ver e conversar com alguém, mesmo sabendo que isso é inevitável'', explica o psicólogo do Hapvida Saúde, Raunny Almeida.
Ilustração

A insegurança diante da ameaça invisível do coronavírus e a falta de perspectiva por causa da pandemia submetem a um cenário de atenção à saúde mental devido ao sentimento de perda dos entes queridos em decorrência da doença e também pela apreensão em ficar doente.

O processo de luto abrange situações relacionadas ao contexto de perda em geral, seja o falecimento de uma pessoa querida, a mudança de emprego, término de casamento ou até mesmo o desaparecimento de algum objeto.

''O luto é uma resposta bastante esperada e, totalmente natural, que todo ser humano tem ao perder algo significativo. Essa perda nos desestabiliza de uma maneira muito forte, da qual precisa ser começado a trabalhar isso porque nunca estamos preparados para esse momento de deixar de ter algo ou ver e conversar com alguém, mesmo sabendo que isso é inevitável'', explica o psicólogo do Hapvida Saúde, Raunny Almeida.

O especialista esclarece ainda que há fases para serem vivenciadas pelos indivíduos, envolvendo a etapa de negação, raiva, barganha, depressão e adaptação à ausência. ''É um ciclo que pode ser vivido, mas não existe uma necessidade de alguém passar por todos eles. É importante deixar claro que o luto é um sentimento singular, ou seja, cada pessoa vai passar de uma forma diferente. Alguns mais intensos, outros menos. Ele traz determinados sentimentos muito específicos e pontuais como, por exemplo, tristeza, culpa, fadiga, raiva, solidão, problemas de memória, alterações no apetite, aumento ou falta da fé e isolamento'', afirma Almeida.

O momento de luto deve ser aceito e vivido com naturalidade. Assim como a felicidade faz parte do processo de evolução do ser humano, a tristeza também se faz necessária. Mas, é fundamental identificar os sinais de agravamento. Para pessoas que já sofriam de ansiedade ou depressão, a pandemia pode ter colaborado para o aumento destes casos, e outras tenham tido um nível de carga emocional muito elevado, após o acúmulo de notícias tristes.

''É essencial que o indivíduo tenha uma rede de apoio familiar nesse processo, mas a melhor maneira de se buscar ajuda é com o profissional especialista em psiquiatria ou psicologia. O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível e será feito com base em orientações médicas. Não se pode deixar que automedicação e conselhos sem embasamento se tornem protagonistas na mente de quem precisa de ajuda'', destaca o psicólogo.

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