16 MAI 2024 | ATUALIZADO 10:28
SAÚDE
CEZAR ALVES
24/05/2021 17:01
Atualizado
24/05/2021 17:47

Hospital de Campanha Covid-19 de Mossoró chegou a sua milésima alta médica

Do dia 1º de maio de 2020 ao período da manhã deste dia 24 de maio de 2021, foram admitidos no HSCL 1.859 pacientes de todos os municípios do Oeste do RN e até da Grande Natal. Deste total, 1.033 receberam alta médica após superar a covid19 com o apoio da equipe do HCSL. 643 não conseguiram. 112 foram transferidos pela Central do Regula RN. O percentual do óbito ficou em 34,5%, inferior à média nacional, que segundo a Revista The Lancet é de 38%. Na foto, a paciente Silvana da Silva Jacinto recebendo alta.
Do dia 1º de maio de 2020 ao período da manhã deste dia 24 de maio de 2021, foram admitidos no HSCL 1.859 pacientes de todos os municípios do Oeste do RN e até da Grande Natal. Deste total, 1.033 receberam alta médica após superar a covid19 com o apoio da equipe do HCSL. 643 não conseguiram. 112 foram transferidos pela Central do Regula RN. O percentual do óbito ficou em 34,5%, inferior à média nacional, que segundo a Revista The Lancet é de 38%. Na foto, a paciente Silvana da Silva Jacinto recebendo alta.

Às 14h48 de sexta-feira, dia 21 de maio de 2021, o Hospital de Campanha São Luiz (HCSL), em Mossoró, registrou a milésima alta médica de paciente que superou a covid19.

O registro se deu precisamente  1 ano e 21 dias do início das atividades do HCSL, instalado através de parceria com a Prefeitura de Mossoró e o Governo do Estado, para atender pacientes covid19 de Mossoró e região.

Neste período, a equipe do HCSL admitiu 1.859 pacientes enviados pela Central do Regula RN, 1.000 (55,5%) receberam alta e 617 (34,5%) entraram em óbito. Teve 108 transferências.

Dados do HCSL da manhã deste dia 24 de maio de 2021


O percentual de óbito é inferior da média nacional (38%) registrado pela conceituada revista científica The Lancet, destacado em reportagem do Jornal Estado de São Paulo.

O paciente Diego Breno de Paula (foto abaixo), do município de São Rafael, no Vale do Açu, fez questão de registrar a superação da covid19, com uma fotografia ao lado da equipe do HCSL.


O prefeito Raimundo Pezão, de Umarizal, em entrevista ao MH, fez questão de elogiar o tratamento carinho que recebeu da equipe do HCSL no início de 2021.

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Durante este primeiro ano de trabalho, foram muitas histórias tristes, mas também de momento de alegria, como a incrível superação de Luan, que acredita ter nascido de novo.

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A coordenadora de enfermagem do HCSL, Alexcia Morais, lembra das dificuldades no início devido à falta de informações para enfrentar a doença. “Era desesperador”, diz.

O médico Venâncio Neto, que está no HCSL desde o dia 1º de maio de 2020, observa que no início não havia nada na literatura médica que amenizasse o quadro clínico dos pacientes.

“A equipe sofria junto com os pacientes e ainda sofrem até hoje, pois ainda não existe cura para a covid19”, diz o intensivista, lembrando que já existe medicamento que ameniza, mas que a procura pela cura continua pela comunidade científica internacional.


O Hospital de Campanha Covid19 em Mossoró


O HCSL é administrado pela Associação de Proteção a Maternidade e Infância de Mossoró (APAMIM), através de um termo proposto pelo Ministério Público Estadual.

O Termo é assassinado pela Prefeitura de Mossoró, Governo do Estado e a equipe de intervenção da Justiça Federal que está à frente a Apamim, desde 2014.

No documento, a Apamim assume a responsabilidade de administrar o HCSL com recursos destinados pela Prefeitura de Mossoró, Governo do Estado e Ministério da Saúde.

A batalha contra a covid19 no HCLS começou exatamente no dia 1º de maio de 2020, inicialmente com 20 leitos. Atualmente são 75 leitos, sendo 50 de UTI e 25 clínicos.

Do dia 1º de maio de 2020 ao período da manhã deste dia 24 de maio de 2021, foram admitidos 1.859 pacientes de todos os municípios do Oeste do RN e até da Grande Natal.

Deste total, 1.033 receberam alta médica após superar a covid19 com o apoio da equipe do HCSL. 643 não conseguiram. 112 foram transferidos pela Central do Regula RN.

O perfil dos pacientes


Ao longo deste ano de trabalho, a diretora Geral da Apamim, Larizza Queiroz, disse que o principal desafio da equipe foi enfrentar um vírus mortal que pouco se sabe sobre ele.

Mesmo assim, a equipe do HCSL conseguiu índices melhores do que o registrado no Brasil, seguindo o que foi divulgado em artigo científico pela conceituada revista The Lancet.

Larizza observa que cada UTI covid19 de dez leitos é operacionalizado 24 horas por dia por 56 pessoas, sendo contar o apoio logístico para garantir os suprimentos necessários.

No caso do HCSL, são 5 UTIs de dez leitos cada e mais uma enfermaria clínica com 25 leitos. Conforme o Regula RN, todos os leitos do HCSL estão ocupados com pacientes da região.

No início faltou mão de obra qualificada para atuar em tantos leitos de UTIs. Atualmente a batalha diária é para conseguir sedativos, bloqueadores neuromusculares e antibióticos.

Estes medicamentos, que são usados para intubar e manter o paciente vivo intubado, além de combater bactérias de hospital, sumiram das distribuidoras, devido o alto consumo no País.

O Governo Federal requereu a produção da indústria nacional no dia 19 de março, tornando o quadro ainda mais difícil para todas as UTIs de hospitais privados e filantrópicos.

O custo destes três medicamentos disparou no mercado paralelo. Uma ampola de Propofol custava R$ 5,00 e atualmente, quem ainda tem, só vendo por R$ 150,00.

O custo do hospital como um todo disparou sendo necessário fazer readequações de contratos. O HCSL continua lotado e é uma recomendação de todos os profissionais lá trabalham para que a população da região adote medicas sanitárias preventivas.


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