25 NOV 2024 | ATUALIZADO 12:42
POLÍTICA
27/05/2021 14:01
Atualizado
27/05/2021 16:41

Declarações anti-China dificultaram a vinda do IFA para vacinas, diz Dimas Covas

Atritos com a China vem sendo causados desde o ano passado por altas autoridades do governo, como o presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e também por pessoas próximas ao presidente, como o filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), deputado federal.

Em depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feira (27) o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, relatou "inconformismo" no lado chinês com ataques contra o país feitos por autoridades brasileiras.

Dimas Covas disse ainda que declarações anti-China prejudicam a obtenção da matéria-prima o IFA para vacinas contra a Covid. A China é o maior exportador mundial dos insumos.

Atritos com a China vem sendo causados desde o ano passado por altas autoridades do governo, como o presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e também por pessoas próximas ao presidente, como o filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), deputado federal.

"O embaixador da China deixou muito claro: que posições que são antagônicas, que desmerecem a China, causam inconformismo do lado chinês", disse Dimas Covas.

"Isso se reflete nas dificuldades burocráticas (na obtenção de insumos para a vacina). Eram resolvidas em 15 dias. Agora, mais de mês. Nós, que estamos na ponta, sentimos isso. Negar isso não é possível", explicou o diretor do Butantan.

Ele exemplificou os efeitos dos atrasos nos envios da matéria-prima da vacina.

"Tínhamos o compromisso de entregar 12 milhões de doses em maio, e entregamos 5 milhões. A produção foi retomada com a chegada da nova matéria prima, e vamos entregar 6 milhões a partir de 12 de junho. Houve 7 milhões de doses que poderiam ter sido produzidas e entregues em maio de acordo com o cronograma inicial", detalhou.

Com informaçõeS do G1


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