O projeto ABG Mineração vai instalar em Mossoró uma fábrica de cimento e exploração mineral. O principal investidor é a espanhola Cementos La Union, que atua também no Egito, no Chile e na República Dominicana.
Nesta sexta-feira (28) os representantes Bruno Camargo e Jairo Abud apresentaram a proposta ao vice-governador do Rio Grande do Norte, Antenor Roberto e aos secretários adjunto do Desenvolvimento Econômico, Silvio Torquato e adjunto de Tributação, Álvaro Luiz Bezerra; além do diretor técnico do Idema, Werner Farkatt, que atualizou o andamento das licenças ambientais.
Os representantes da ABG Mineração disseram ainda que haverá prioridade para produção brasileira, em detrimento de importações, e que a comunidade local terá prioridade nos empregos gerados.
A empresa já tem 2.100 hectares de direitos minerais e adquiriu 800 para exploração de jazidas, com 20% de reserva legal. A área fica a 34 quilômetros de Mossoró, a 70 quilômetros da rodovia BR 304, e é desabitada, o que não demandará qualquer processo de desapropriação.
Bruno Camargo destacou a geração de postos de trabalho. Serão em torno de 800 vagas durante a construção e 300 empregos diretos na operação, estimando ainda 1.200 indiretos.
A previsão de faturamento anual chega a R$ 700 milhões, com R$ 222 milhões de impostos pagos ao ano. A empresa europeia tem lucro anual de 350 milhões de euros. A indústria terá capacidade de produzir 10 milhões toneladas/ano e o investimento previsto é de R$ 1,5 bilhão.
Também acompanharam o encontro o sócio da Progel (Projetos Geológicos Ltda) Gutemberg Dias, e Felipe Arraes, diretor comercial da empresa de consultoria que apoia o projeto no RN.
O vice-governador deu boas-vindas à fábrica e destacou aspectos do Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Norte (Proedi) que beneficiam investimentos.
"Encontramos o estado em uma situação muito difícil, inclusive com atraso de pagamento de servidores, mas o programa do governo é focado no desenvolvimento. Graças ao Proedi os investimentos têm chegado ao RN”, disse, ao oferecer apoio e informar que as licenças ainda pendentes estão seguindo rito técnico.
“Não há nenhuma queixa da conduta do Idema, e sempre procuramos cumprir as exigências ambientais. Na Europa há uma preocupação muito grande com essa questão e o grupo jamais ia querer um empreendimento que não desse a devida importância a isso”, salientou Jairo Abud.