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ECONOMIA
24/06/2021 15:28
Atualizado
24/06/2021 15:28

45% dos trabalhadores do Rio Grande do Norte atuam na informalidade

O dado é da PNAD Contínua, divulgada nesta quinta-feira (24), pelo IBGE. Dos 1,25 milhão de trabalhadores potiguares, cerca de 45,2%, ou 563 mil estão na informalidade. É possível observar a informalidade em cinco grupos profissionais: os empregados do setor privado (177 mil) e os trabalhadores domésticos (72 mil) que atuam sem carteira de trabalho assinada; os trabalhadores por conta própria (272 mil) e os empregadores (18 mil) sem CNPJ; e os trabalhadores familiares auxiliares (24 mil).
FOTO: REPRODUÇÃO

O número de subutilizados no Rio Grande do Norte foi de 709 mil pessoas no trimestre de janeiro a março de 2021.

Em termos percentuais, 40,1% dos potiguares na força de trabalho ampliada estão subutilizados, não tendo sua capacidade laboral absorvida plenamente pelo mercado por diferentes motivos.

São classificados como subutilizados os desempregados (229 mil), os empregados que trabalham horas insuficientes (186 mil), os desalentados (188 mil) e os indisponíveis (106 mil).

Enquanto no cenário nacional a subutilização foi de 29,7%, na região nordeste 42,7% da força de trabalho ampliada encontra-se subutilizada.

Aparentemente influenciada pelos impactos da pandemia, nos últimos quatro trimestres a subutilização no Rio Grande do Norte superou 40% e atingiu seus maiores índices em toda a série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho é uma medida que aprofunda a análise do mercado de trabalho.

Trata-se de um indicador que vai além da taxa de desemprego (15,5%), cujo cálculo inclui apenas as pessoas desempregadas (as que tomaram medida efetiva para conseguir emprego), pois engloba toda a força de trabalho que não foi plenamente absorvida pelo mercado.

INFORMALIDADE

Dos 1,25 milhão de trabalhadores potiguares, cerca de 45,2%, ou 563 mil estão na informalidade.

É possível observar a informalidade em cinco grupos profissionais: os empregados do setor privado (177 mil) e os trabalhadores domésticos (72 mil) que atuam sem carteira de trabalho assinada; os trabalhadores por conta própria (272 mil) e os empregadores (18 mil) sem CNPJ; e os trabalhadores familiares auxiliares (24 mil).

Os dados da PNAD Contínua Trimestral também possibilitam a identificação da taxa de informalidade dentro de cada uma dessas categorias. Neste sentido, a informalidade atinge 82,8% dos trabalhadores domésticos, 81,2% dos trabalhadores por conta própria, 34,6% dos empregados do setor privado e 21,2% dos empregadores.

Os trabalhadores familiares auxiliares, pela natureza de suas relações de trabalho, não têm qualquer vínculo empregatício formal.

APENAS 55% DOS TRABALHADORES POTIGUARES CONTRIBUÍRAM PARA PREVIDÊNCIA

Como uma das principais consequências da informalidade no mercado de trabalho potiguar, a taxa de contribuição para institutos de previdência (públicos ou privados) entre os trabalhadores do Rio Grande do Norte no primeiro trimestre de 2021 foi de apenas 55,2%.

Isso significa dizer que apenas 719 mil potiguares contribuíram com a previdência, ficando de fora do sistema de proteção social cerca de 584 mil (44,8%) trabalhadores.

ALÉM DE TER MAIORIA NA INFORMALIDADE, TRABALHADORES DOMÉSTICOS TAMBÉM SÃO GRUPO COM MENOR FAIXA SALARIAL NO RN

Seguidos pelos trabalhadores da agricultura (R$ 748), como o grupo profissional com menores rendimentos, aparecem os trabalhadores domésticos (R$ 621).

Entre os domésticos, a média salarial é ainda menor (R$ 517) para os que atuam sem carteira de trabalho assinada, cerca de 72 mil. Já para os outros 15 mil domésticos formalmente empregados no estado essa média salarial foi de R$ 1.119 no primeiro trimestre de 2021.

O comércio segue como a principal atividade empregatícia no Rio Grande do Norte, concentrando 22% de todos os trabalhadores do estado. Em média, a remuneração dos trabalhadores do comércio foi de R$ 1.726 no primeiro trimestre de 2021.

Em segundo lugar em termos de trabalhadores, reunindo 19% da mão de obra do estado, mas como o grupo de atividade de mais alta média salarial, os funcionários da administração pública (federal, estadual e municipal) receberam um valor médio de R$ 3.508 mensais no período.

Os setores da indústria (R$ 1.378) e dos serviços empresariais (R$ 2.392), cada um, foram responsáveis por 10% de todos os potiguares ocupados entre janeiro e março deste ano. Somados, o comércio, a administração pública, os serviços empresariais e a indústria representam mais de 60% de todo o mercado de trabalho potiguar.


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