O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte registrou, na última sexta-feira (3), cinco ocorrências de incêndios florestais na região do Alto Oeste potiguar.
Quatro delas foram registradas no município de Pau dos Ferros e mais uma em Marcelino Vieira. De acordo com o 2° tenente Altair Paiva, comandante da Unidade do CBM de Pau dos Ferros, esta última foi a mais exaustiva, demorando mais de 8 horas para ser controlada.
O incêndio no município teria começado às 10h e só foi completamente controlado à noite, por volta das 18h30.
Questionado sobre a origem dos focos, o comandante Altair afirmou que somente uma perícia mais apurada poderia determinar exatamente as causas, mas que tudo indica que tenham sido causadas por intervenção humana.
“Eram vários focos, individualizados, isolados entre si. Só uma pericia mais apurada poderia apontar as causas, mas, de antemão, o que a gente pode falar é que é muito provável que tenha sido causada pela ação humana, pela tentativa dos agricultores de tentar limpar o terreno e acabar perdendo o controle do fogo, que acaba atingindo áreas fora daquela que ele isolou pra queimar”, explica.
O comandante também informou que o trabalho integrado com a Defesa Civil Municipal foi primordial na execução da ocorrência, cedendo um caminhão pipa e uma retroescavadeira para auxiliar o trabalho dos bombeiros.
PREVENÇÃO A OCORRÊNCIAS COM FOGO
O bombeiro orienta a população, principalmente agricultores que precisam limpar seus terrenos para realização de plantio, que evitem a utilização de fogo neste processo, visto que é uma das maiores causas de incêndio, principalmente, neste período.
“Se realmente for preciso fazer a queima desse material, que faça em um período mais frio e que o faça preservando realmente toda a área que não vai ser queimada. Como é feito isso? Através da construção, do que nós chamamos de aceiro. Ele simplesmente faz a remoção do material que vai ser queimado e limpa, faz uma espécie de isolamento com uma retroescavadeira, uma enchedeira, fazendo uma espécie de estrada mesmo, fazendo com que o fogo que vai ser ali ateado, não atinja áreas indesejadas”, explica Altair Paiva.