24 ABR 2024 | ATUALIZADO 05:59
POLÍCIA
03/12/2021 12:08
Atualizado
03/12/2021 17:09

Réus pegam juntos mais de 125 anos de prisão pelo homicídio de Henry Charle

O MPF conseguiu obter a condenação dos 5 envolvidos no homicídio do Policial Penal Federal, ocorrido em abril de 2017, na cidade de Mossoró. O júri popular, que durou três dias, foi concluído na noite desta quinta-feira (2), com a sentença sendo proferida pelo juiz da 8ª Vara Federal, Orlan Donato; veja quantos anos pegou cada réu pelo crime.
Réus pegam juntos mais de 125 anos de prisão pelo homicídio de Henry Charle. O MPF conseguiu obter a condenação dos 5 envolvidos no homicídio do Policial Penal Federal, ocorrido em abril de 2017, na cidade de Mossoró. O júri popular, que durou três dias, foi concluído na noite desta quinta-feira (2), com a sentença sendo proferida pelo juiz da 8ª Vara Federal, Orlan Donato; veja quantos anos pegou cada réu pelo crime.
FOTO: JÚNIOR ALVES/SUPER TV

O Ministério Público Federal (MPF) obteve a condenação de três homens e duas mulheres pela morte do agente penitenciário Henri Charle Gama e Silva, ocorrida em 12 de abril de 2017, na cidade de Mossoró.

A vítima trabalhava na Penitenciária Federal da cidade e foi um dos alvos de uma ordem emitida nacionalmente pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).

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Dos réus, todos foram considerados culpados do crime de homicídio duplamente qualificado e quatro deles por organização criminosa.

Os cinco ainda poderão recorrer da sentença, mas foi mantida a prisão preventiva dos três homens, bem como a prisão domiciliar das duas mulheres.

Jailton Bastos de Souza foi condenado a 37 anos e quatro meses de reclusão, enquanto Eduardo Lapa dos Santos pegou 24 anos e nove meses de reclusão. Os dois são considerados mentores intelectuais do crime.

Já Edmar Fudimoto, que auxiliou o grupo na compra de uma casa próxima ao presídio federal, recebeu uma pena de 22 anos e dois meses de reclusão.

A mesma pena (22 anos e dois meses de reclusão) foi aplicada a Gilvaneide Dias Mota Bastos, que transmitia as ordens entre os envolvidos.

Já Maria Cristina da Silva, que se infiltrou como empregada na residência da vítima, foi sentenciada a 20 anos de reclusão pelo homicídio, tendo sido absolvida pelo crime de organização criminosa.

No julgamento, que se iniciou na terça-feira (30) e durou três dias, se encerrando apenas na noite desta quinta-feira (2), o Ministério Público Federal foi representado pelos procuradores da República Emanuel Ferreira, Samir Nachef Júnior, Aldirla Albuquerque e Henrique Hahn de Menezes.

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ASSASSINATO

Henri Charle se encontrava em um bar situado no bairro de Boa Vista, em Mossoró, próximo à sua residência, quando sofreu uma emboscada. Ele estava sentado em uma cadeira quando ouviu os disparos de arma de fogo.

Tentou fugir, procurando abrigo por trás de um veículo estacionado no local. Porém, os executores conseguiram alcançá-lo e dispararam quatro tiros, sendo dois quando o policial já estava caído no chão.

“Conclui-se, portanto, que o homicídio praticado foi um típico ato de execução sumária, mediante emboscada, sem qualquer chance de defesa à vítima”, reforça a denúncia do MPF. A morte foi parte de um movimento maior do PCC iniciado em 2014, através de um “salve” (espécie de ordem enviada de dentro dos presídios para quem se encontrava em liberdade) cujo objetivo era “planejar ações que demonstrassem o descontentamento da facção com o (…) tratamento rígido, dentro dos parâmetros legais, que eram impostos aos membros da organização quando estes estão custodiados em estabelecimentos penais federais de cumprimento de pena”.

A ordem previa a morte de dois agentes penitenciários em cada cidade onde se encontram os presídios federais. Além de Henri Charle, outros dois funcionários do sistema penitenciário, em Cascavel no Paraná, também foram assassinados.


Notas

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