20 SET 2024 | ATUALIZADO 11:16
ECONOMIA
Cezar Alves
06/03/2022 09:43
Atualizado
06/03/2022 10:16

Rogério Marinho toma projetos do Estado enquanto ignora obras federais importantes no RN

Em Nota, o Governo do Estado diz que "Rogério Simonetti precisa de projetos alheios para chamar de seu", enquanto que obras de fundamental importância para o Rio Grande do Norte, como a duplicação da BR 304, a transposição do São Francisco para o Alto Oeste, a barragem Passagem das Traíras no Seridó, a Estrada do Cajueiro, a reativação do ramal ferroviário no RN, entre outras, estão paradas ou nem saíram do papel. A reação forte do Governo em nota, foi em relação ao fato de Rogério Marinho tomar o projeto da estrada do Melão, acusando de forma injusta o Governo do Estado de fazer "corpo mole" para concluí-la.
Em Nota, o Governo do Estado diz que "Rogério Simonetti precisa de projetos alheios para chamar de seu", enquanto que obras de fundamental importância para o Rio Grande do Norte, como a duplicação da BR 304, a transposição do São Francisco para o Alto Oeste, a barragem Passagem das Traíras no Seridó, a Estrada do Cajueiro, a reativação do ramal ferroviário no RN, entre outras, estão paradas ou nem saíram do papel. A reação forte do Governo em nota, foi em relação ao fato de Rogério Marinho tomar o projeto da estrada do Melão, acusando de forma injusta o Governo do Estado de fazer "corpo mole" para concluí-la.
Foto: ASCOM Governo do Estado

Em mais um ato de desonestidade, o ministro Rogério Marinho acusou a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, de ter feito “corpo mole” para concluir a estrada do melão, rodovia considerada importante para escoação do melão na região da Maisa e de Baraúna-RN.

Antes, ao lado do presidente Bolsonaro, Rogério Marinho fez acusações graves a governadora do Rio Grande do Norte com relação ao andamento da obra da Barragem de Oiticica, em Jucurutu. Acusou Fátima Bezerra de usar 12 famílias que moram numa região que vai ser alagada para não concluir a parte do paredão da barragem que falta.

Veja mais

Em nota, governo do RN repudia declarações de Rogério Marinho e Bolsonaro sobre andamento das obras da barragem de Oiticica

Rogério Marinho disse que o Governo Federal, no caso Bolsonaro, já lhe autorizou usar recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional para asfaltar o trecho da RN 015, interligando a BR 304 a cidade de Baraúna, segundo ele, já que o Governo  Fátima Bezerra fez "corpo mole" para executar a obra.

Sobre esta nova acusação tão grave quanto as outras, o governo do Estado publicou nota lembrando que a estrada do melão é projeto malfeito que a gestão do ministro Rogério Marinho era secretário de Desenvolvimento Econômico, ou seja, O Governo Rosalba Ciarlini, de 2011 a 2014, não viu.

Foto: Roque Sá/Agencia Senado


Na prática, segundo a nota, o ministro Rogério Marinho está tomando mais um projeto do Governo Fátima Bezerra, usando de informações levianas e esquecimento próprio, dizendo que vai executar esta obra com recursos federais. “Rogério Simonetti precisa de projetos alheios para chamar de seu”, diz a nota.

E este caso da RN 015, não é o primeiro que Rogério Marinho toma do governo do Estado. “Fez isso com o Projeto Seridó, e depois com a barragem Passagem das Traíras”, denuncia o governo em Nota.  Rogério Marinho, que até o momento não viu se quer Mossoró, agora aparece com vista boa.

Ainda segundo a nota, a Barragem Passagem das Traíras deveria ter sido concluída em 2020, só que a obra parou e até hoje não foi concluída. O projeto Seridó está sendo executado com tanto “corpo mole”, por parte de Rogério Marinho, que até hoje também não foi concluído.

Enquanto toma obras e projetos do Governo do Estado, Rogério Marinho deixa de lado obras federais realmente muito importantes para o Rio Grande do Norte, como a duplicação da BR 304 e a transposição do Rio São Francisco para o Alto Oeste do Rio Grande do Norte.

A duplicação da BR 304 está no plano de investimento do Governo Federal, onde foi posto pelo senador Jean Paul Prates desde 2020. Neste caso, Rogério não cita e não vai atrás. Se quer deu atenção a conclusão da duplicação da Reta Tabajara (BR 304), em Macaíba.

Outra rodovia federal que o ministro Rogério Marinho faz “corpo mole” é a estrada do cajueiro (BR 437), interligando a BR 405 a BR 116, no Ceará. A transposição da água da Barragem de Santa Cruz pra Chapada, é outro projeto federal abandonado e que o ministro também não deu atenção devida. Estas duas obras federais não foram citadas pela nota do Estado.

É importante também lembrar que outra obra de fundamental importância para o RN, em especial Grossos, Mossoró, Macau e Natal, é a reativação dos ramais ferroviários, que recentemente o governo Bolsonaro sancionou o projeto relatado pelo Senador Jean Paul Prates.  Neste caso, Rogério Marinho se quer fala, prejudicando a implantação de um polo petroquímico, a exploração do minério no Seridó e outros seguimentos econômicos no RN.

A nota diz que Rogério Marinho “poderia explicar à sociedade a “lerdeza” que em três anos de gestão não executou um metro sequer de obras do ramal Apodi-Mossoró, no Projeto de Integração do Rio São Francisco, no Rio Grande do Norte. Trecho, aliás, que a atual gestão federal excluiu do PISF e demandou esforço da governadora Fátima Bezerra para trazê-lo de volta, mantendo o projeto original. Em três anos, com recursos assegurados, e talvez o “corpo mole” não tenha permitido Rogério Marinho sequer iniciar o ramal Apodi-Mossoró”, diz.

Segue

NOTA À IMPRENSA

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, dedica-se aos ataques com fins eleitoreiros bem mais do que trabalha. Há dois anos à frente do MDR — Ministério do orçamento paralelo —, só descobriu o Rio Grande do Norte há alguns meses, desde que começou a peregrinar pelo estado em busca votos. Resolveu, de forma pouco republicana, que seria mais fácil apropriar-se de projetos e obras geridas pelo Estado, ao invés de investir em outros que possam agregar à sociedade norte-rio-grandense.

Rogério Simonetti precisa de projetos alheios para chamar de seu.

Esta semana, sempre pelos mesmos canais e com o mesmo método, decidiu apropriar-se de mais um projeto — a rodovia RN-015, a “Estrada do Melão” —, que originalmente prevê 37 km de extensão em obras, mas que o ministro só pretende executar 10 km. De forma corriqueira, Marinho anuncia que vai executar as obras sem sequer ter oficiado o Departamento de Estradas de Rodagens do RN (DER); e pior: sem legalmente ter autorização. Atropela, habitualmente e sem escrúpulo, a ordem republicana. Desconsidera, inclusive, que existe um contrato paralisado há mais de uma década, ainda na gestão Rosalba Ciarlini, da qual Marinho fazia parte.

O ministro precisa atropelar preceitos republicanos em nome de um projeto político. É sempre bom ter memória, ministro Rogério! O projeto de reforma da Estrada do Melão, que agora o senhor ministro diz ser motivo de “corpo mole” da atual gestão, já estava posto quando Marinho fazia parte da gestão Rosalba Ciarlini, da qual foi secretário de Desenvolvimento Econômico, a partir de 2012. Corpo mole? A mesma estrada da gestão anterior (2015-2018), e que à época o ministro do orçamento secreto silenciou.

Marinho era gestor de uma pasta estratégica, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, na gestão Rosalba, diretamente ligada às atividades que geram riquezas e empregos. A estrada praticamente não saiu do papel.

Seria mais honesto, e republicano, o ministro deixar de lado os fins eleitoreiros e fazer gestão junto à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para que conclua a análise do pedido de empréstimo feito pela atual gestão estadual, e de suma importância aos projetos de desenvolvimento do Rio Grande do Norte. Recursos necessários à execução de obras como a Estrada do Melão.

O ministro que nos últimos meses elegeu como prioridade “tomar” projetos e obras do Estado — fez isso com o Projeto Seridó, e depois com a barragem Passagem das Traíras — poderia explicar à sociedade a “lerdeza” que em três anos de gestão não executou um metro sequer de obras do ramal Apodi-Mossoró, no Projeto de Integração do Rio São Francisco, no Rio Grande do Norte. Trecho, aliás, que a atual gestão federal excluiu do PISF e demandou esforço da governadora Fátima Bezerra para trazê-lo de volta, mantendo o projeto original. Em três anos, com recursos assegurados, e talvez o “corpo mole” não tenha permitido Rogério Marinho sequer iniciar o ramal Apodi-Mossoró.

Aqui, nesta gestão, não há “corpo mole”. O Governo do RN continua trabalhando para desenvolver o Estado, levando dignidade à população, trabalhando pela melhoria do povo potiguar, sem jogos de interesses pessoais ou negociatas e mediocridade que marcaram as últimas gestões, mesmo após encontrar um estado falido, atolado em dívidas e sem capacidade de investimento.


Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário