O Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em Mossoró, registrou na manhã do domingo (27) a quarta captação de órgãos para transplantes na unidade em 2022.
O procedimento foi realizado em um paciente de 32 anos, proveniente da cidade de São Miguel, interior do Estado do Rio Grande do Norte.
O paciente foi vítima de queda da própria altura e tinha registro de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HRTM.
Duas equipes médicas estiveram em Mossoró para a realização das captações, a cardíaca, coordenada pelo Dr. Alexandre Duram, e a outra da cirurgia geral, formada pelos médicos Hipólito Dantas e Fernando Lisboa.
A captação contou com a participação das técnicas de enfermagem do próprio hospital, Suzete Medeiros e Bruna Carvalhos, e na coordenação da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e de Tecidos para Transplantes (CIHDOTT/HRTM), a enfermeira Susana Cantídio.
No procedimento realizado no HRTM neste domingo, foram captados o coração e os rins. Todos foram enviados à Natal.
Um fato importante registrado nesta captação é que o coração foi destinado a um transplante cardíaco realizado no próprio Rio Grande do Norte, após muitos anos sem que isto fosse realizado no estado.
O transplante aconteceu por meio de um convênio assinado entre a Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP), e o Hospital Rio Grande, na Capital do Estado.
“A CIHDOTT do HTRM segue a risca o protocolo desenvolvido pela ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos), entidade que regula as diretrizes de morte encefálica, além da conduta desenvolvida pelo estudo DONORS – Estratégias para otimizar assistência aos potenciais doadores, iniciativa do Hospital Moinhos de Vento - RS”, informou o cardiologista da equipe CIHDOTT do Tarcísio Maia, Fernando Albuerne Bezerra.
Já Susana Mendes, informou que o trabalho da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e de Tecidos para Transplantes do Tarcísio Maia, vem seguindo todas as normas das restrições ocasionadas pela pandemia da Covid 19, com uma equipe multiprofissional atuando em um trabalho educativo para a captação no hospital.
A captação de órgãos só é feita após entrevista com a família do potencial doador, que nesse caso, apesar do momento de dor, teve tão importante ato de solidariedade, salvando três vidas.