Após dois anos do decreto da situação de pandemia de Covid-19 por parte da Organização Mundial de Saúde (OMS), autoridades sanitárias começam a discursão sobre a mudança de classificação do momento pandêmico. No Rio Grande do Norte, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) avalia a mudança para a classificação “endemia” a partir do mês de junho, caso os atuais números de óbitos, ocupação de leitos e casos diários se mantenham nos índices atuais.
O atual cenário da pandemia no estado, embasou a decisão da governadora Fátima Bezerra (PT) para desobrigar o uso da máscara em ambientes abertos e fechados nesta quarta-feira (06).
“A mudança de classificação da doença de epidêmica para endêmica depende da análise da curva de distribuição de casos ao longo do tempo. Geralmente se trabalha com períodos anuais. Quando essa curva fica muito abaixo da média dos períodos de calendários dos anos anteriores, é o que caracteriza endemia. Não é questão de decretar, é analisar os dados. Mantendo-se o número de casos que estamos vivenciando hoje, por dois ou três meses, se configurará, do ponto de vista da análise da evolução dos casos, uma situação endêmica”, aponta o secretário de Saúde do RN, Cipriano Maia.
Cipriano disse ainda que, a mudança de classificação para endemia é uma questão de análise de dados. O fim da pandemia só pode ser declarado pela OMS.
“Acredito que até junho vamos ter essa análise de como a doença se comportou, por isso é importante avançar na vacinação, continuar testagem, medidas de restrição para sintomáticos, para que realmente consigamos manter o controle e possamos ter situação de endemia caracterizada com vigilância para surtos de casos”, reforçou.
O conceito de endemia se dá quando uma doença tem recorrência em uma região, mas sem aumentos significativos no número de casos. Ou seja, o problema se manifesta com frequência e segue um padrão relativamente estável que prevalece.
Apesar de desobrigar o uso da máscara em locais abertos e fechados, o governo do RN, recomenda que o uso da máscara seguirá sendo recomendado para situações específicas, como aglomerações, transporte público, pessoas com sintomas respiratórios e para idosos e pessoas com comorbidades ou situações de risco.
O passaporte vacinal segue sendo obrigatório para acesso à repartições e órgãos públicos.