O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, no Rio Grande do Norte, Aldo Medeiros Lima Filho, enviou ofício a Delegada Geral de Polícia Civil do Rio Grande do Norte, pedindo a designação de um delegado especial para investigar o assassinato covarde do bacharel em direito Eliel Ferreira Cavalcante Junior, ocorrido em Mossoró no dia 09 de abril.
O assassino, segundo o advogado da família da vítima, Edson Lobão, agiu em conluio com outros “amigos” para matar não só Eliel Junior, mas também o namorado dele, motivado por homofobia. “Eles estavam conversando em frente a casa do acusado, quando foram cercados pelos amigos dele e sofreram dois disparos naquele momento”, narra o advogado.
Eliel correu para um lado e o namorado dele, Lucas, correu para o outro. Numa esquina próxima, Eliel foi derrubado com uma rasteira e em seguida dominado com um golpe conhecido por “mata leão”, tendo o assassino Ialamy Gonzaga, conhecido por Junior Preto, se aproximado e efetuado pelo menos 7 disparos à queima roupa. Eliel morreu no local.
“Portanto, hoje um homicídio consumado e uma tentativa de homicídio e analiso sim a possibilidade de oficializar pela prisão preventiva dos demais envolvidos no caso”, disse o advogado.
Antes de o advogado Edson Lobão levar ao conhecimento público a real versão dos fatos, o delegado da Divisão de Homicídios de Mossoró havia já informado a população que o caso havia sido esclarecido, mas havia contado apenas a versão de um dos acusados, de que Eliel Junior havia sido assassinado pois havia sido confundido com assaltante.
Após o crime, o assassino Junior Preto fugiu, sendo que passados 11 dias da ocorrência não foi localizado e preso. A Investigação, por existir inúmeros outros casos de homicídio sendo investigados também, está correndo lentamente, o que levou os familiares e amigos a realizarem um protesto neste domingo pedindo por justiça para o caso Eliel Junior.
Nesta segunda-feira, o advogado Edson Lobão levou o caso ao conhecimento do presidente da OAB Estadual, advogado Aldo Medeiros, com dois pedidos claros. O primeiro para que a OAB reconheça e entregue a família um documento com o número da Ordem dos Advogados e o segundo para que o caso passe a ser investigado por um delegado especial.
O ofício já foi entregue a Delegada Geral de Polícia Civil Ana Cláudia Saraiva, em Natal, devendo ela decidir ainda nesta quarta-feira pela nomeação de um delegado especificamente para investigar o caso Eliel Junior, em Mossoró, pelos razões já elencadas pela imprensa.