28 NOV 2024 | ATUALIZADO 18:22
NACIONAL
21/04/2022 21:52
Atualizado
21/04/2022 22:04

Em afronta aos ministros do STF, Bolsonaro concede perdão da pena de Daniel

O presidente Bolsonaro considera no Decreto de 21 de abril de 2022 que o Daniel Silveira estava apenas exercendo a liberdade de expressão e que isto é o pilar essencial da sociedade em todas as suas manifestações. Em outro trecho, diz que a “sociedade encontra-se em legítima comoção, em vista da condenação do parlamentar resguardado pela inviolabilidade de opinião deferida pela Constituição que somente fez uso de sua liberdade de expressão. Daniel Silveira foi condenado por 10 votos a 1 por verdadeiros atentados a democracia e por incitar a violência contra os ministros do STF
O presidente Bolsonaro considera no Decreto de 21 de abril de 2022 que o Daniel Silveira estava apenas exercendo a liberdade de expressão e que isto é o pilar essencial da sociedade em todas as suas manifestações. Em outro trecho, diz que a “sociedade encontra-se em legítima comoção, em vista da condenação do parlamentar resguardado pela inviolabilidade de opinião deferida pela Constituição que somente fez uso de sua liberdade de expressão. Daniel Silveira foi condenado por 10 votos a 1 por verdadeiros atentados a democracia e por incitar a violência contra os ministros do STF

O presidente Jair Messias Bolsonaro bate de frente com o Supremo Tribunal Federal e concede o perdão da condenação de 8 anos e 9 meses do deputado federal Daniel Silveira, do PTB/RJ.

O anúncio do instituto da graça ao deputado federal Daniel Silveira foi feito em live na tarde desta quinta-feira, 21, menos de 24 horas depois do STF condena-lo por 10 x 1.

O presidente Bolsonaro considera no Decreto de 21 de abril de 2022 que o Daniel Silveira estava apenas exercendo a liberdade de expressão  e que isto é o pilar essencial da sociedade em todas as suas manifestações. Em outro trecho, diz que a “sociedade encontra-se em legítima comoção, em vista da condenação do parlamentar resguardado pela inviolabilidade de opinião deferida pela Constituição que somente fez uso de sua liberdade de expressão.

Por diversas vezes, o deputado Federal Daniel Silveira patrocinou diretamente ataques velados a democracia, além de incitar a violência contra ministros do STF e do TSE.

O decreto do presidente Bolsonaro gerou reação imediata dos parlamentares de situação e também de oposição, tanto na Câmara como no Senado Federal.


“O presidente Jair Bolsonaro concede a graça constitucional a Daniel Silveira. Grande atitude! Chefe de Estado e da Nação, Bolsonaro tem sido o maior guardião das nossas liberdades, da democracia e da Constituição”, escreveu a deputada Bia Kicis.

Pela oposição, o senador Jena Paul Prates, do Rio Grande do Norte, líder da minoria no Congresso, escreveu: "Governos autoritários alimentam sempre o germe da corrupção. Bolsonaro acha que pode tudo enquanto estiver no cargo que ocupa, mas há limites! Esconder os mal feitos da parentalha e dos aliados já estávamos acostumados, infelizmente, e para isso ele emporcalhou as instituições que deram guarida a seus desejos. Como já alertava Tancredo Neves, o desfiguramento das instituições termina por desfigurar o caráter do cidadão. Mas tenho a certeza de que o povo brasileiro ainda não foi atingido por esse processo e deve repudiar com veemência mais essa atitude de um homem incapaz de honrar a cadeira de presidente da República."

O senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP), criticou a decisão do presidente Bolsonaro e afirmou, na noite desta quinta-feira, que vai acionar o STF com uma Arguição de Descumprimento de Precieto Fundamental. “Bolsonaro quer atear fogo no Brasil, concedendo graça a um delinquente condenado a mais de 8 anos, antes mesmo do trânsito em julgado”.

O senador acrescenta: Crimes contra a ordem constitucional não pode ser passível deste beneficio (art. 5., XLIV) e iremos ao STF para derrubar este desmando por meio de uma ADPF!”.

Diversos juristas disseram que o presidente da república não poderia conceder o perdão da pena imposta ao deputado Daniel Silveira. O ex-ministro Marco Aurélio Melo, entende que o decreto do presidente “é algo inconcebível”.


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