Após quatro meses do início da produção de biodiesel no Rio Grande do Norte, a Petrobras analisa a possibilidade de vender a divisão de biocombustíveis, localizada no município de Guamaré, na microrregião de Macau. O anúncio foi feito pela estatal em outubro passado.
Segundo a Petrobras, a cogitação sobre a venda de ativos da fábrica de biodiesel, pertencente a subsidiária PBio (Petrobras Biocombustíveis), foi motivada pelo mau desempenho e, consequentemente, pelos prejuízos.
A PBio tem atualmente participação em cinco usinas de biodiesel e nove de etanol, e desde a sua fundação, em 2008, acumula prejuízos de R$ 1,5 bilhão.
Em Guamaré, o mau desempenho, segundo especialistas, é resultado da influência política sobre a estratégia da Petrobras, que gerou concorrência desleal da gasolina subsidiada com o etanol, e também da má gestão da produção de biodiesel.
A produção na fábrica potiguar será encerrada definitivamente assim que a usina entregar a produção vendida no último leilão da ANP (Agência Nacional do Petróleo). Depois, a unidade voltará a ser um centro de pesquisas.