O bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, confessou, em depoimento à PC-DF (Polícia Civil do Distrito Federal), que tirou suas licenças como CAC (categoria que reúne caçadores, atiradores e colecionadores) em outubro de 2021, inspirado no atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).
Ele afirmou ter gastado R$ 170 mil na compra de pistolas, revólveres, fuzis, carabinas e munições para um possível atentado organizado na cidade.
“O que me motivou a adquirir as armas foram as palavras do presidente Bolsonaro que sempre enfatizava a importância do armamento civil dizendo o seguinte: ''Um povo armado jamais será escravizado'' e também a minha paixão por armas que tenho desde a juventude”, disse George Washington de Oliveira Sousa, em depoimento à polícia.
George também afirmou que começou a participar do atos antidemocráticos no Pará após a derrota de Bolsonaro nas urnas. Ele narrou à polícia que foi para Brasília no dia 12 de novembro, em sua caminhonete. Levou com ele diversos armamentos.
ARMAS LEVADAS PELO BOLSONARISTA
- duas escopetas calibres 12;
- dois revólveres calibre .357;
- três pistolas, sendo duas Glocks e uma CZ Shadow 2;
- um fuzil Springfield calibre .308;
- mais de mil munições de diversos calibres;
- cinco bananas de dinamite (emulsão).
“Desses itens, o único que eu não tinha licença para possuir eram as dinamites, que eu comprei por R$ 600,00 de um homem do Pará que me trouxe os explosivos quando eu já estava em Brasília. Eu também não possuía a guia de transporte das armas”, afirmou George.
O bolsonarista afirmou, também, que, caso fosse parado pela polícia na estrada, acionaria seu registro para armas para justificar sua participação em alguma competição de tiro.
“A minha ida a até Brasília tinha como propósito participar dos protestos que ocorriam em frente ao QG do Exército e aguardar o acionamento das forças armadas para pegar em armas e derrubar o comunismo. A minha ideia era repassar parte das minhas armas e munições a outros CACs que estavam acampados”.