A Petrobras vai reduzir em 8,9% o preço médio do diesel vendido às distribuidoras a partir de quarta-feira (8/2). A queda será de 40 centavos por litro, para R$ 4,10 na média.
A petroleira estava há dois meses sem mexer nos valores do diesel.
Em nota, a companhia justificou que a redução tem como “principal balizador a busca pelo equilíbrio dos preços da Petrobras aos mercados nacional e internacional” e contempla as principais alternativas de suprimento dos clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos da empresa.
Destacou, ainda, que busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio, “ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente”.
Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, de R$ 3,69 a cada litro vendido na bomba.
A redução dos preços, anunciada nesta terça (6/2), reflete o comportamento do mercado internacional.
Com a desvalorização do petróleo nas últimas semanas, a Petrobras vinha operando, desde a virada do mês, com preços acima da paridade internacional, segundo a Abicom, representante das importadoras privadas, concorrentes da Petrobras.
A associação estima que, antes do anúncio do ajuste nesta terça, a estatal estava praticando preços 16% — ou 60 centavos — acima do preço de paridade de importação (PPI) no diesel.
Política de preços é “assunto de governo”
Prates assumiu a presidência da Petrobras, em meio a expectativas de que a política de preços da companhia, alinhada ao PPI, será alterada.
Em sua primeira agenda pública após assumir o cargo, Jean Paul Prates afirmou na segunda da semana passada (30/1) que o futuro da política de preços da estatal é “assunto de governo”.
Dois dias depois, o novo presidente da Petrobras se reuniu, em Brasília, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e confirmou, a jornalistas, ter discutido a criação do fundo de estabilização dos preços dos combustíveis — proposta relatada por ele próprio no Senado, em 2022, mas que travou na Câmara dos Deputados.
Agência EPBR