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SAÚDE
Da redação
04/12/2015 12:47
Atualizado
12/12/2018 21:15

Sociedade absolve servente que matou estudante em 2007

Conselho de Sentença acolheu argumento do advogado de defesa do réu, que a vítima já havia tentando matar o réu e neste caso a justiça prevê absolvição
Cezar Alves

O Tribunal do Júri Popular decidiu por não punir o servente Antônio Wanderley Linhares, de 33 anos, por ter matado a tiros o estudante Júlio César Aquino Menezes, na época com 17 anos, no dia 26 de dezembro de 2007, na favela do Forno Velho, zona oeste de Mossoró.

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O Conselho de Sentença (composto por 7 cidadãos da sociedade mossoroense, sorteados pela Justiça para tal função) do Tribunal do Júri Popular de Mossoró já havia absolvido o outro acusado deste crime, o comerciante Paulo Cardoso Jales Junior, de 28 anos.

No julgamento desta sexta-feira, 4, sob a presidência do juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, o promotor Armando Lúcio Ribeiro pediu a condenação do réu Luizinho, como é mais conhecido Antônio Wanderley, por homicídio qualificado.

Já o advogado de defesa, José Carlos Santana Câmara, primeiro destacou que os presídios do Rio Grande do Norte e do restante do Brasil não recupera mais ninguém. Uma vez lá dentro sai muito pior para praticar mais delitos na sociedade e isto quando sai.

Lembro que atualmente o Primeiro Comando da Capital e Sindicato do RN está se matando dentro do presídio. Citou que só este ano já mataram 26 dentro dos presídios (isto no horário da manhã, pois à tarde já havia mais um registro de morte nos presídios do RN).

Destacou que a vítima Júlio César era temido no bairro e que vivia praticando delitos e ameaçando os moradores. Acrescentou que a vítima havia tentando matar o réu Luzinho por três ocasiões, sendo que a última teria acertado um tiro no pé.

“Era para ficar esperando este menor vir mata-lo? Se fosse comigo, eu mesmo ia e matava ele”, argumenta o advogado José Carlos Santana Câmara, mostrando que neste caso o Conselho de Sentença poderia e deveria absolver o réu por uma questão de justiça.

O Conselho de Sentença, composto por 5 homens e 2 mulheres, decidiram por aceitar os argumentos do advogado e desconsiderar a explanação do promotor Armando Lúcio, para não punir o réu Luizinho pelo homicídio de Júlio César.

Agradecimentos e nova convocação

Após anunciar a sentença, o juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros agradeceu aos jurados, aos serventuários da Justiça, aos policiais, ao promotor de Justiça, a imprensa, enfim, a todos que de uma forma ou de outra contribuiu com a realização dos trabalhos do TJP de 2015.

O juiz Vagnos Kelly destacou que as primeiras sessões do Tribunal do Júri em 2016 estão previstas para o início do segundo trimestre. Lembrou que antes pretende gozar férias e provavelmente o promotor Armando Lúcio Ribeiro também.

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