O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, concedeu entrevista coletiva, na manhã desta segunda-feira (24), onde falou sobre a conclusão de uma parte importante da investigação sobre o assassinado da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, e do motorista dela, Anderson Gomes. O crime aconteceu em 14 de março de 2018, no RJ.
“Nós estamos, desde janeiro, com as providências relativas a uma maior colaboração das instituições federais, acerca do esclarecimento desse terrível crime, decorrido já 5 anos. Essa colaboração hoje se dá mediante essa atuação conjunta, das policiais federais, especialmente da polícia federal e da polícia penal federal, com o Ministério Público do Rio de Janeiro”, disse o ministro.
Segundo Dino, o ex-policiais militar, Élcio de Queiroz, preso desde 2019, fechou acordo de deleação premiada e confirmou a participação dele no crime. Ele também confirmou que os disparos que mataram as vítimas partiu do ex-policial reformado Ronnie Lessa, que também está preso.
Além disso, Élcio apontou a participação do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, no crime. Este foi alvo de operação realizada nesta segunda, no Rio, quando voltou a ser preso. Ele já havia sido condenado em 2021 a quatro anos de prisão, por atrapalhar as investigações, mas cumpria a pena em regime aberto.
Na delação, Élcio contou que Suel fazia campana para vigiar a vereadora e que participaria da emboscada, mas acabou sendo substituído por ele, que dirigiu o carro utilizado na ação.
Dino afirmou que a delgação já foi homologada judicialmente e que ela, juntamente com a prisão de Suel, fecham uma parte importante da investigação, sobre tudo o que aconteceu durante a execução do crime.
Ainda existem elementos que estão em segredo de justiça, mas as investigações seguem, a partir das provas colhidas hoje, no intuito de identificar quem foram os mandantes do crime. “É certo que nas próximas semanas terão outras operações derivadas dos elementos colhidos hoje”, afirmou o ministro.