O preço do diesel caiu para menos de R$ 5 o litro. Recordes de produção nas refinarias da Petrobras e os desembarques de diesel russo ajudaram a pressionar os preços do combustível para baixo.
Derivado foi vendido nos postos, na semana passada, a R$ 4,99 o litro, na média – abaixo dos R$ 5 pela primeira vez desde maio de 2021. Na 1ª semana de janeiro, o litro custava R$ 6,60, em valores corrigidos pela inflação.
Queda nas últimas semanas acontece mesmo sem cortes de preços nas refinarias da Petrobras há mais de três meses, desde que a estatal anunciou mudança em sua política comercial e abandonou oficialmente o preço de paridade de importação (PPI).
A queda no preço do diesel impacta diretamente a vida das pessoas, pois Brasil é movido por caminhão. As transportadoras repassam os custos com transporte para a cadeia, chegando até o consumidor na composição dos preços dos produtos. Sendo assim, baixando o diesel baixa os alimentos devido ao custo do transporte.
Redução dos custos do frete.
O preço médio do frete por quilômetro rodado fechou junho em R$ 7,43, 5% mais barato do que em maio, segundo a Repom, empresa especializada em soluções e pagamento para o transporte rodoviário.
A queda é atribuída à redução no preço do diesel e a ajustes feitos na tabela do frete — que devem ocorrer sempre que o valor do combustível oscilar mais que 5%. (Broadcast)
Janelas fechadas.
Segundo cálculos da Abicom (importadores) as janelas de importação de diesel e gasolina estão fechadas a quase 70 dias. Isso porque os preços domésticos dos dois combustíveis estão abaixo dos de importação em todos os polos analisados pela entidade.
Para o diesel, a defasagem calculada pela entidade varia de R$0,63 a R$0,35 por litro; para a gasolina, de R$0,66 a R$0,34.
A Abicom levou a situação ao Cade, após a Petrobras mudar a formação de preços. O governo saiu em defesa da nova prática, com críticas ao setor: Importadores de combustíveis tentam impedir o livre mercado, diz ministro
Petróleo atinge máxima em três meses.
Brent, para entrega em setembro, subiu 2,06% nesta segunda (24/7), a US$ 82,74 – na máxima desde 19 de abril. Cotação foi impulsionada pela expectativa de que a China libere mais estímulos econômicos e que a oferta global permaneça apertada no segundo semestre. (Valor)
Ações de fornecedores sobem. Empresas da indústria de bens e serviços de perfuração subiram cerca de 35% em Nova York até agora, no ano. Companhias como a Noble, Transocean, TechnipFMC e Oceaneering vêm se beneficiando de um momento de contratos atraentes com produtores. (Broadcast)
Vai faltar petróleo? Apesar das preocupações com o subinvestimento em exploração e produção, o pico da demanda de óleo e gás poderá ser atendido, na década de 2030, sem a necessidade de um aumento substancial nos níveis atuais de investimentos da indústria petrolífera – da ordem de US$ 500 bilhões por ano, de acordo com um novo relatório da Wood Mackenzie. (epbr)
– Análise vem em linha com um estudo recente da Rystad Energy, outra consultoria global da indústria de óleo e gás, que vê exagero nos alertas sobre o subinvestimento crônico na indústria de óleo e gás e riscos de escassez de oferta a curto prazo.