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SAÚDE
Por Josemário Alves
10/12/2015 10:22
Atualizado
12/12/2018 19:14

Apesar da crise, servidores da Perfeitura em Apodi recebem em dia

Segundo o prefeito Flaviano Monteiro, o município perdeu, só nos últimos dois meses, R$ 4 milhões. "Enquanto alguns gestores reclamam, nós estamos trabalhando e cortamos na própria carne", destaca.
Josemário Alves

“Me desgastei muito com a base e com os eleitores, mas foi preciso”. A declaração do prefeito de Apodi, Flaviano Monteiro (PCdoB), demonstra o esforço da gestão, durante os três anos de mandato, para manter as contas do município em dia.

Apesar da crise financeira que assola todos os municípios do Rio Grande do Norte, Apodi tem travado uma verdadeira guerra para manter a máquina pública funcionando.

Segundo o prefeito Flaviano Monteiro, o município perdeu, só nos últimos dois meses, R$ 4 milhões. “Vamos fechar os R$ 5 milhões até o final do ano”, revelou.

De acordo com a Federação dos Municípios do RN (FEMURN), mais de 50 municípios do Estado devem atrasar o 13º salário dos funcionários neste mês de dezembro. Enquanto que Apodi concluirá o pagamento da segunda parcela nesta quinta-feira (10).

Flaviano diz que, “enquanto alguns gestores reclamam, nós estamos trabalhando e cortamos na própria carne. Você como gestor precisa ter muita coragem. Temos conseguido com muita austeridade e com muito trabalho”, contou ao MOSSORÓ HOJE.

Dentre as consequências da crise, o prefeito diz que foi obrigado a parar as reformas nas estradas e nas praças. “Diminuímos em alguns setores para priorizar a folha”, destacou.

Atualmente, a folha salarial do município gira em torno de R$ 2 milhões, metade do que entra nos cofres da prefeitura mensalmente. O restante é destinado ao pagamento de dívidas do município, como precatórios, INSS, entre outros, além de transporte escolar, repasse às secretarias, energia e combustíveis.

“No mês passado pagamos R$ 600 mil de encargos, repassamos R$ 180 mil para a Câmara, já pagamos quase R$ 6 milhões ao INSS, R$ 4 milhões de precatórios e ainda dívidas do FGTS contraídas desde o ano de 83. Não sobra quase nada. O que entra só dá mesmo para pagar o que é preciso”, argumentou Flaviano.

Questionado se há possibilidade de as obras em andamento pararem por falta de verba, o prefeito descarta.

“A sorte nossa é que as contrapartidas já tinham sido garantidas. Também temos buscado outras alternativas, como é o caso das parcerias. Estamos construindo pontes metálicas na zona rural com o apoio da comunidade. Damos o material, algo em torno de R$ 30 mil, e a comunidade desenvolve o restante”, exemplificou.

Sobre o ano de 2016, Flaviano diz que ainda é incerto. “Estamos pensando. Os repasses ao município reduzem a cada mês. 2016 só Deus sabe!”

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