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SAÚDE
Da redação / Com informações da CNN
10/12/2015 14:34
Atualizado
12/12/2018 19:13

Brasileiros e argentinos fazem parte do Estado Islâmico, diz relatório

Segundo o Soufan Group, pelo menos 23 argentinos e três brasileiros se juntaram ao grupo terrorista Estado Islâmico em 2015 e estão preparados para combater.
Internet

Um relatório do "Grupo de Soufan", uma companhia de inteligência estratégica e de segurança com sede nos Estados Unidos, garante que o número de combatentes que se juntaram ao Estado Islâmico (EI) tem crescido dramaticamente no ano passado. Segundo a empresa, nas fileiras dos guerrilheiros do EI existem muitos latino-americanos.

De acordo com dados apresentados em um relatório intitulado "combatentes estrangeiros: uma avaliação atualizada do fluxo de combatentes estrangeiros na Síria e no Iraque," EI 2014 teve 12.000 combatentes de 81 países em todo o mundo. Em 2015, o número subiu para quase 31 mil pessoas de 86 países diferentes que viajaram à Síria e ao Iraque para se juntar ao Estado Islâmico.

O estudo apresenta uma selecção pormenorizada de diversas regiões do mundo.

Por exemplo, o número de combatentes na Europa Ocidental aumentou em mais de 100% desde Junho de 2014, enquanto os apoiantes na Rússia e na Ásia Central tiveram um aumento significativo: algumas estimativas sugerem que aumentou 300% desde meados de 2014, de acordo com o Grupo Soufan.

Os países que têm mais lutadores são a Tunísia, Arábia Saudita, Rússia, Turquia e Jordânia.

"Os ataques terroristas em Paris poderia refletir um aumento na tendência do terrorismo estrangeiro organizado pelo Estado islâmico", diz o relatório.

EUA e América Latina
Na região das Américas, os pesquisadores destacam a incidência do grupo terrorista se expande principalmente através de redes sociais, "especialmente nas fases iniciais do processo". Isto é, no passo de recrutamento.

"O fluxo de norte-americanos para se juntar ao EI tem-se mantido relativamente estável e agora em termos de números per capita", diz o relatório. "250 americanos viajaram ou tentaram viajar para a Síria, mas apenas 150 deles conseguiram chegar ao destino desejado."

Também foi relatado que um número estimado de 130 canadenses viajaram para a Síria, como relatado pelas autoridades daquele país citados pelo Grupo Soufan.

A América Latina também colocou combatentes nas fileiras do EI, o relatório: 23 argentinos e três brasileiros se juntaram ao grupo terrorista.

De acordo com o relatório, "tem havido relatos de combatentes de alguns países sul-americanos, como a Argentina e o Brasil, mas os números são muito baixos".

No entanto, a imprensa brasileira informou no início deste ano que os setores da inteligência do governo brasileiro estavam em alerta para detectar grupos extremistas tentando recrutar "lobos solitários", membros do EI que agem sozinhos e não são perseguidos por agências de inteligência e são capazes de realizar ataques isolados e imprevisíveis", disse o jornal.

Presidente Dilma Rousseff disse em meados de novembro que o terrorismo internacional requer uma ação "urgente".

"Esta atrocidade faz com que seja realizada uma ação ainda mais urgente por parte da comunidade internacional na luta implacável contra o terrorismo", disse Rousseff na reunião com líderes do BRICS em 15 de novembro.

No relatório de 2014 do Chile, também foi identificado como um dos países de onde vieram lutadores para EI, embora não haja números específicos.

Espanha teve 133 combatentes nas fileiras do grupo terrorista em outubro de 2015 e 250 não oficial; em 2014 o relatório havia relatado 51 pessoas que se juntaram EI.

O documento apresentado há poucos dias destaca que o número de combatentes na América Latina "é muito baixa" e que não há padrões de recrutamento significativas nas Américas, em comparação com a Europa e algumas ex-repúblicas soviéticas.

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