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SAÚDE
Da redação
27/12/2015 17:54
Atualizado
12/12/2018 15:29

170 mil pessoas são afetadas por inundações na América do Sul

Países mais atingidos são Paraguai, Argentina, Uruguai e a região sul do Brasil; o Nordeste Brasil, ao contrário, enfrenta uma das piores secas de todos os tempos.
Agencia Lusa/ABr

As piores chuvas e inundações das últimas décadas deixaram até o momento mais de 170 mil pessoas fora de casa no Paraguai, na Argentina, no Brasil e no Uruguai e mantêm em alerta as autoridades desses países. Na região Nordeste do Brasil, o quadro é o contrário. Já são mais de mil municipios em situação de emergência devido a seca prolongada. E a previsão para o próximo ano é de mais seca.

Os intensos temporais provocados pelo fenômeno El Niño causaram desastres no Paraguai, onde quatro pessoas morreram, em consequência da queda de árvores.

A capital Assunção ficou temporariamente sem eletricidade e a subida do Rio Paraguai deixou 130 mil desabrigados. Já as regiões do Piaui,  Alagoas, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia, Paraíba são as mais atingidos pela seca. Em algumas regiões destes estados a situação já é de calamidade.

O maior reservatório de água doce do Nordeste, o Sobradinho, está com menos de 7% de sua capacidade total de armazenamento.

No Rio Grande do Norte pelo menos 17 das 167 cidades estão em colapso de abastecimento. O socorro aos moradores está sendo feito com carros pipas. É também com pipas que dezenas de cidades da região do Brejo Paraibano estão abastecendo a população com a barragem de Umari, em Upanema, no RN.

O maior reservatório de água doce do Rio Grande do Norte, a barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, está com cerca de 20% de sua capacidade de armazenamento.

“Não podemos deixar abandonadas as milhares de famílias que todos os anos são afetadas pelas inundações”, disse o presidente paraguaio Horacio Cartes, que decretou estado de emergência para liberar mais de US$ 3,5 milhões em ajuda aos desabrigados.

Na Argentina, duas pessoas morreram e mais de 20 mil estão fora de casa em três províncias do Noroeste do país, principalmente por causa da elevação dos rios Paraná e Uruguai.

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, disse hoje (27) que o governo vai desembolsar 20 milhões de pesos  (cerca de R$ 5,9 milhões) para auxiliar as regiões afetadas. Macri disse ainda que o governo “vai desembolsar 66% dos recursos destinados a transferir as famílias afetadas pela enchente”.  Os recursos também vão para obras de infraestrutura para conter novas enchentes.

Macri sobrevoou algumas das regiões afetadas e viajou para Entre Rios, onde participa de uma reunião do Comitê de Crise, que busca soluções para as inundações que afetaram a área da costa. Na cidade argentina de Concordia, uma das mais afetadas do país, mais de dez mil pessoas permaneciam fora de suas casas como consequência da cheia do Rio Uruguai.

No Norte do Uruguai, subiu para 9.083 o número de desabrigados, segundo o último balanço do Sistema Nacional de Emergência. O órgão indicou que a situação mais grave é registrada nas províncias de Artigas, Paysandú, Rivera, Salto, Río Negro e Durazno.

No Brasil, o Rio Grande do Sul é o estado mais afetado. Segundo o boletim da Defesa Civil do estado, divulgado às 17h de hoje (27), o número de famílias atingidas subiu de 2.204 para 2.214. O número de municípios atingidos, 40, permanece inalterado em relação ao boletim divulgado no final da tarde de ontem (26).

Dos nove principais rios monitorados pela Defesa Civil gaúcha, seis apresentaram aumento e três reduziram o nível. O Rio Uruguai, no entanto, continua subindo e já está em 11,18 metros. O nível de alerta do rio é 8 metros.

A seca forte no Nordeste e o inverno forte no sul são causados pelo mesmo fenômeno: El Niño.

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