A sociedade mossoroense se reúne no Fórum de Mossoró, nesta segunda-feira, 4, a partir das 9 horas, para julgar Alexandre David Andrade da Silva, de 21 anos, pelo assassinato do cinegrafista Carlos Romão Barbosa Filho, o Jubileu, de 23 anos.
O crime aconteceu às 19h do dia 4 de fevereiro de 2024 na Rua Celina Viana, no bairro Sumaré, em Mossoró. Na ocasião, Jubileu pilotava sua motocicleta acompanhado com a namorada, quando foi abortado pelos assassinos falando em assalto.
Sem que houvesse qualquer reação, Jubileu foi baleado na cabeça e morreu na hora. A Polícia agiu rápido e conseguiu chegar aos suspeitos residentes nas Malvinas, que fica perto do bairro Sumaré, onde aconteceu o crime.
Logo nas primeiras diligências, já foi possível localizar os endereços e identificar os criminosos. Os policiais civis diligenciaram na casa que Alexandre David morava e localizaram a arma do crime. Também conseguiram descobrir onde ele estava escondido.
O trabalho entrou pela madrugada e na manhã do dia seguinte, os policiais conseguiram prender Alexandre David e autua-lo em flagrante. O outro envolvido, como era menor de idade, foi conduzido depois as autoridades da Polícia Civil e a Justiça.
Realizada a instrução do processo no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, o juiz da Primeira Vara Criminal de Mossoró, Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, pronunciou o réu para julgamento, agendado para este dia 4 de novembro de 2024, com previsão de início às 9h.
Ainda conforme o processo, Alexandre David pegou uma motocicleta oriunda de roubo, foi a casa do menor (não podemos citar seu nome) e o levou com ele pilotando a moto. Momentos depois Alexandre matou Jubileu com tiros na cabeça. Ele teria matado Jubileu por ter confundido ele com um inimigo, que inclusive já tinha efetuado tiros nele.
Alexandre Davi confessou ter puxado o gatilho na polícia e na Justiça. O menor também contou esta mesma versão na polícia na presença de um advogado. Contou detalhes de como tudo aconteceu. Disse que pilotava a moto, Alexandre mandou ele parar e depois fugir.
A família de Jubileu espera justiça
O Tribunal do Júri Popular será presidido pelo juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, da 1ª Vara Criminal de Mossoró. O promotor Italo Moreira Martins está inscrito no processo para, com a assistência do advogado Paolo Igor Cunha Peixoto, atuar na acusação. Expor os detalhes do processo aos jurados e, ao final, pedir a condenação do réu nos termos previstos em lei.
Já a defesa de Alexandre David contratou a banca do advogado Mário Ferreira de Aquino Neto, de Mossoró, e José Maurício Neville de Castro Junior, do Estado do Rio de Janeiro. Com as partes presidentes, o juiz Vagnos Kelly deve convocar os 21 jurados sorteados para esta pauta.
Dos 21, serão sorteados os sete que vão compor o conselho de sentença. Uma vez formado o conselho de sentença, começa as oitivas das testemunhas e, por fim, do réu Alexandre David. Concluída a fase de oitivas, o promotor de Justiça e a assistência, terá 90 minutos para mostrar os detalhes do processo e pedir a condenação do réu nos termos previstos em lei.
Após o promotor e o assistente Paolo Igor, será a vez da defesa, ficar por 90 minutos no plenário defendendo as teses de interesse de Alexandre David. Ao concluir os debates, os jurados serão convocados a sala secreta para votar os termos debatidos em plenário.
Em seguida, o juiz presidente faz a leitura da sentença em plenário. A previsão de conclusão do julgamento é por volta das 15 horas.