12 DEZ 2024 | ATUALIZADO 12:24
ECONOMIA
COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA BRASIL
12/12/2024 10:50
Atualizado
12/12/2024 10:50

BC aumenta juros para 12,25% e governo diz que medida prejudica crescimento

A chamada taxa Selic subiu um ponto percentual. Segundo o Copom, o Comitê de Política Monetária, a decisão levou em consideração a alta do dólar, as incertezas na economia global e no pacote fiscal do governo. O aumento da taxa gerou repercussão no governo e no setor produtivo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ter recebido com surpresa a notícia da elevação dos juros básicos da ecomonia e comentou que o governo persegue as metas fiscais.
BC aumenta juros para 12,25% e governo diz que medida prejudica crescimento. A chamada taxa Selic subiu um ponto percentual. Segundo o Copom, o Comitê de Política Monetária, a decisão levou em consideração a alta do dólar, as incertezas na economia global e no pacote fiscal do governo. O aumento da taxa gerou repercussão no governo e no setor produtivo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ter recebido com surpresa a notícia da elevação dos juros básicos da ecomonia e comentou que o governo persegue as metas fiscais.
FOTO: RAFA NEDDERMEYER/AGÊNCIA BRASIL

O Banco Central aumentou, nesta quarta-feira (11), os juros básicos da economia, a chamada taxa Selic, em um ponto percentual, chegando a 12,25% ao ano.

Segundo o Copom, o Comitê de Política Monetária, a decisão levou em consideração a alta do dólar, as incertezas na economia global e no pacote fiscal do governo. O aumento ficou dentro do que o mercado tinha previsto.

O Banco Central indicou que os juros podem subir mais 1 ponto percentual nas próximas reuniões, em janeiro e março, dependendo das condições da economia.

Essa foi a terceira alta seguida da Selic, que voltou ao nível de dezembro do ano passado.

O aumento da taxa tem o objetivo de controlar a inflação, deixando o crédito mais caro para reduzir o consumo.

Apesar disso dos esforços do BC, a inflação oficial acumulada em 12 meses está em 4,87%, acima do teto da meta, que é 4,5%.

Segundo o Copom, em novembro, o preço dos alimentos e das passagens aéreas continuaram subindo, enquanto combustíveis e energia elétrica deram alívio.

A autoridade monetária prevê que a inflação chegará a 4,9% em 2024 e 4,5% em 2025.

REAÇÃO DO GOVERNO

O aumento da taxa Selic gerou repercussão no governo e no setor produtivo.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ter recebido com surpresa a notícia da elevação em um ponto dos juros básicos e comentou que o governo persegue as metas fiscais.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Indústria, que é presidido pelo vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, aprovou uma “moção crítica” à decisão do Copom.

Para o Conselho, a medida prejudica o crescimento econômico, o investimento produtivo e a geração de emprego e renda.

Já a Confederação Nacional da Indústria considerou a decisão “incompreensível” e “injustificada”, principalmente após a queda da inflação e o anúncio do corte de gastos.

E a Associação Paulista de Supermercados afirmou que a elevação da Selic era esperada e ajudará a conter a inflação, mas prejudica a produção e o consumo.

Por outro lado, para a Associação Comercial de São Paulo, inflação, incerteza no campo fiscal e no setor externo justificam uma política monetária mais contracionista.

Já a Central Única dos Trabalhadores, classificou a decisão como um erro, pois os juros mais altos não resolveriam a alta do preço dos alimentos, ligada a fatores climáticos.

No mesmo sentido, a Força Sindical considerou o aumento um remédio errado e desnecessário.


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